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O Mundo Agora

Biden consolida influência americana na Ásia na cúpula do G20

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O panorama geopolítico do Ásia-Pacífico tem sido palco de intensas movimentações estratégicas por parte dos Estados Unidos. Durante a recente cúpula do G20 na Índia, o presidente norte-americano, Joe Biden, posicionou-se como um contraponto à crescente influência da República Popular da China. 

Conferência de imprensa do presidente dos EUA, Joe Biden, em Hanói, Vietname. 10/09/2023
Conferência de imprensa do presidente dos EUA, Joe Biden, em Hanói, Vietname. 10/09/2023 AFP - NHAC NGUYEN
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Thiago de Aragão, analista político

A aproximação dos EUA com o Ásia-Pacífico não é um fenômeno recente. Foi inicialmente evidenciada com a política de “Pivô para a Ásia”, em 2012, sob a administração de Barack Obama. A ênfase nessa região foi continuada por Donald Trump, que adotou a perspectiva de um “Indo-pacífico livre e aberto”, atribuindo à Índia um papel estratégico significativo. 

Embora o presidente Biden siga os passos de seus antecessores, ele se destaca por sua proatividade notável. Sua atuação é marcada pela participação direta em eventos significativos na Ásia e pelo fortalecimento de alianças regionais, refletindo um compromisso renovado dos EUA com a região.

Estratégias de Biden na Ásia

Na ausência de representantes chineses e russos na cúpula do G20, Biden aproveitou para consolidar importantes alianças, dando ênfase à coalizão Aukus e revitalizando a Quad. Seu objetivo primordial é ampliar a influência americana na Ásia, apresentando-se como alternativa ao projeto chinês da Rota da Seda. Esta estratégia envolve acordos que abrangem setores vitais, como ferrovias, portos e conexões energéticas.

Visitas Diplomáticas e Alianças

A dedicação de Biden à Ásia é evidente em suas viagens diplomáticas. Em maio de 2021, ele se encontrou com líderes aliados, como aqueles da Coreia do Sul e Japão. No ano seguinte, participou da Cúpula da ASEAN no Camboja e do G20 na Indonésia, reforçando o compromisso dos EUA com a região.

No contexto de segurança, Biden tem dado prioridade às coalizões denominadas “minilaterais”. Caracterizadas por sua flexibilidade, essas coalizões têm objetivos estratégicos bem definidos. O Aukus, formado em 2021 entre Austrália, Reino Unido e EUA, destaca-se nesta categoria, resultando em iniciativas como o fornecimento de submarinos nucleares à Austrália. Além disso, Biden revitalizou a Quad e promoveu um acordo trilateral de segurança com Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, solidificando ainda mais a rede de alianças norte-americanas na região.

Em resumo, a estratégia de Biden no Ásia-Pacífico reflete um compromisso profundo e renovado dos Estados Unidos com a região, buscando equilibrar o poder e influência em um cenário geopolítico em constante evolução.

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