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A Semana na Imprensa

Após um ano de conflito, futuro da guerra na Ucrânia é incerto, mas destino do país é decisivo para Europa

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As revistas francesas desta semana especulam sobre o desdobramento da guerra na Ucrânia. A invasão do país pela Rússia completa um ano em 24 de fevereiro. De acordo com as publicações, o destino da Europa depende do futuro de Kiev.  

Militares ucranianos disparam um morteiro contra as tropas russas na linha de frente perto da cidade de Vuhledar, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, na região de Donetsk, Ucrânia, 11 de fevereiro de 2023.
Militares ucranianos disparam um morteiro contra as tropas russas na linha de frente perto da cidade de Vuhledar, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, na região de Donetsk, Ucrânia, 11 de fevereiro de 2023. © REUTERS - MARKO DJURICA
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"O pior ainda está por vir?", pergunta a revista Le Point. Especialistas entrevistados pela publicação traçam oito cenários possíveis para o segundo ano da ofensiva. 

O primeiro seria o de uma vitória russa, com Putin atingindo seus objetivos, que não são claros, de acordo com a revista.

A segunda possibilidade seria uma vitória da Ucrânia, com a reconquista de seu território, incluindo a Crimeia. Mas, para isso, o país depende totalmente da ajuda estrangeira, já que não poderia alcançar o objetivo com seus próprios meios militares, segundo o Estado-maior americano, citado na reportagem.

O terceiro cenário seria o de um bloqueio, sem que Moscou e Kiev chegassem a um acordo, e o quinto, a Europa desistir do apoio a Kiev. Ainda que por ora este último pareça pouco provável, o apoio militar à Ucrânia custa caro para os cofres dos países europeus, por isso, uma mudança não é impossível.

Outro aliado que poderia abandonar a Ucrânia, de acordo com as análises da Le Point, seriam os Estados Unidos, por falta de apoio do Congresso. 

Mas a revista também vislumbra um outro destino para o conflito, em que a ajuda internacional à Ucrânia se intensifica, atendendo aos pedidos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Um cenário em que a Rússia desestabilizaria o Ocidente também é previsto. "Seria necessário apenas que Moscou utilizasse os piores métodos do tempo da Guerra Fria", afirma Le Point

Por fim, o último e pior dos cenários, é que o conflito se alastre por todo o planeta. Possibilidade temida  pela ONU, principalmente quando a Otan mobiliza suas tropas em apoio aos países bálticos ou à Romênia.

Ucrânia como barreira para Europa

De acordo com a L’Express, "permitir a este país tão corajoso recuperar sua soberania é fundamental para o futuro da Europa". Para a publicação, criticar Zelensky por "exagerar" ao pedir ajudas e enfrentar os russos" é esquecer que a Ucrânia tem um papel de barreira. Que o país nos protege fisicamente, e defende os valores da Europa diante do mundo sombrio autocrático de Putin". 

Já a L’Obs compara a guerra na Ucrânia com as duas guerras mundiais, e afirma que não havíamos conhecido um conflito desta dimensão desde a capitulação do III Reich, em 1945. A revista afirma que o futuro da guerra é incerto, com soluções definitivas praticamente impossíveis. 

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