Acessar o conteúdo principal
A Semana na Imprensa

França investe em medidas alternativas e conta com a ajuda de cabras para prevenir incêndios

Publicado em:

A imprensa francesa trata, esta semana, dos incêndios que, neste período de calor e seca, vêm devastando florestas do país. A revista M, do jornal Le Monde, traz uma reportagem sobre a utilização de cabras em Roquefort-des-Corbières, no sudoeste, na prevenção ao fogo. Com mais de mil hectares de vegetação queimados na região no mês de julho, as esperanças se voltam para os animais, que com agilidade e muito apetite, sobem as montanhas se alimentando de folhas e arbustos.

Na região da Gironde, no oeste da França, uma área do tamanho de Paris foi queimada nos incêndios deste mês de julho.
Na região da Gironde, no oeste da França, uma área do tamanho de Paris foi queimada nos incêndios deste mês de julho. AP
Publicidade

A Agência Nacional de Florestas da França diz que a medida não é efetiva, porque seria necessário um número maior de caprinos para dar conta de toda a área do município. O prefeito da cidade bem que tentou trazer mais animais de outras regiões, mas não teve autorização. No código florestal, as cabras são muitas vezes proibidas porque se alimentam de forma muito rápida e em grande número podem causar a erosão do solo.

Já a revista L’Obs traz uma entrevista com o especialista Stephen Pyne, professor da Universidade do Arizona, que afirma que, com o aquecimento global, estamos criando a “Era do Fogo”, em uma referência ao período glacial. Segundo ele, a maioria dos pesquisadores previa que os grandes incêndios, que se alastram com rapidez e violência, só seriam registrados daqui a cerca de uma década. Neste mês, na região da Gironde, as chamas destruíram uma área maior que a cidade de Paris.

Fogueiras em acampamentos são desaconselhadas

Uma reportagem da revista L’Express mostrou o caso do incêndio em Fontainebleau, próximo à capital francesa, que destruiu uma grande parcela do maciço florestal. A publicação denuncia que o fogo foi causado de forma não intencional em acampamentos, quando muitas pessoas acendem fogueiras.

As chamas acabam penetrando no solo e se espalhando sem que os campistas percebam. Em diversas ocasiões, o incêndio só é notado cerca de dois dias depois, quando a fumaça começa a sair da terra.

Para evitar a propagação do fogo, bombeiros e a Agência Nacional de Florestas da França investem em conscientização e em equipamentos. Caminhões, aparelhos de detecção de focos de incêndio e a instalação de cisternas estão entre as medidas utilizadas nas batalhas constantes travadas contra as chamas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.