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Washington cita possíveis sanções contra uma unidade do exército israelense por abusos na Cisjordânia

Neste domingo (21), os Estados Unidos se referiram a uma lei, que proíbe o governo de usar fundos para ajudar unidades de forças de segurança estrangeiras quando houver informações confiáveis que as impliquem em violações de direitos humanos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu com veemência às notícias de que Washington e prometeu aos israelenses aumentar a "pressão militar" sobre o Hamas "nos próximos dias". 

Soldados do exército israelense em operação. (Imagem ilustrativa)
Soldados do exército israelense em operação. (Imagem ilustrativa) REUTERS - Amir Cohen
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A violência na Cisjordânia aumentou com o início da guerra em Gaza em 7 de outubro. Ainda no domingo, forças israelenses mataram a tiros dois palestinos na Cisjordânia ocupada, conforme relatou a agência de notícias oficial palestina Wafa. O exército israelense confirmou que eles foram "neutralizados" após dispararem contra soldados.

Depois da morte dos dois palestinos, as tropas invadiram o vilarejo de Beit Einun e realizaram buscas em várias casas, segundo a mesma agência.

A Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, abriga cerca de 490 mil colonos israelenses que vivem em comunidades consideradas ilegais pela lei internacional.

Recentemente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu aos israelenses aumentar a "pressão militar" sobre o Hamas "nos próximos dias", sem mencionar qualquer ataque à cidade superlotada de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que ele disse repetidamente que estava determinado a lançar.

"Daremos novos e duros golpes nele - e isso acontecerá em breve. Nos próximos dias, aumentaremos a pressão militar e política sobre o Hamas, porque essa é a única maneira de libertar nossos reféns e conquistar nossa vitória", declarou o primeiro-ministro.

Netanyahu, reagiu com veemência às notícias de que Washington poderia impor sanções a uma unidade do exército israelense por possíveis abusos cometidos contra palestinos na Cisjordânia antes do ataque do Hamas em outubro. "O exército israelense não deve ser sancionado", escreveu Netanyahu no X.

"Em um momento em que nossos soldados estão lutando contra monstros do terror, a intenção de impor sanções a uma unidade do exército israelense é o cúmulo do absurdo e uma afronta à moralidade", disse ele no sábado.

No domingo, na mesma rede social, Netanyahu publicou uma propaganda de Páscoa pedindo pela libertação dos reféns que não poderão passa a Páscoa judaica em família. "133 homens, mulheres e crianças não celebrarão a Páscoa com suas famílias este ano. Em 7 de outubro, eles foram sequestrados de suas casas e agora são mantidos em cativeiro nos túneis terroristas do Hamas. Libertem nosso povo. Tragam-os para casa agora", escreveu.

"Cheguei a conclusões"

Na sexta-feira, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foi questionado sobre relatos de que os Estados Unidos iriam parar de dar ajuda militar a certas unidades do exército israelense, em conexão com possíveis violações de direitos humanos na Cisjordânia antes de 7 de outubro e o ataque sem precedentes do Hamas.

"Cheguei a conclusões. Vocês podem esperar ouvi-las nos próximos dias", disse o Blinken

A autoridade norte-americana se referiu à "Lei Leahy", que proíbe o governo dos EUA de usar fundos para ajudar unidades de forças de segurança estrangeiras quando houver informações confiáveis que as impliquem em violações de direitos humanos.

De acordo com a mídia americana e israelense, a unidade em questão é o batalhão "Netzah Yehuda", composto em grande parte por soldados ultraortodoxos.

Netanyahu prometeu agir "por todos os meios" contra quaisquer sanções que tenham como alvo os soldados israelenses. No sábado, a Câmara dos Deputados dos EUA votou a favor de um grande plano que inclui mais de US$ 60 bilhões em ajuda militar a Israel, especialmente para fortalecer o escudo de defesa antimísseis de Israel, conhecido como "Iron Dome".

(Com informações da AFP)

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