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Chechênia proíbe ritmos muito rápidos ou lentos e artistas terão que 'reescrever' músicas

Na Chechênia, o governo anunciou que "todas as composições musicais, vocais e coreográficas" devem corresponder a "um ritmo entre 80 e 116 batidas por minuto (BPM)". Os artistas têm até 1º de junho para reescrever suas músicas.

Dançarinos vestindo trajes nacionais chechenos se apresentam para comemorar a reeleição do líder regional da Chechênia, Ramzan Kadyrov, em Grozny, Rússia, na segunda-feira, 20 de setembro de 2021. A tela ao fundo mostra uma foto de Kadyrov. (AP Photo/Musa Sadulayev)
Dançarinos vestindo trajes nacionais chechenos se apresentam para comemorar a reeleição do líder regional da Chechênia, Ramzan Kadyrov, em Grozny, Rússia, na segunda-feira, 20 de setembro de 2021. A tela ao fundo mostra uma foto de Kadyrov. (AP Photo/Musa Sadulayev) AP - Musa Sadulayev
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O ministro da Cultura da Chechênia, Musa Dadayev, anunciou na última sexta-feira que, a partir de agora, as novas criações musicais não poderão mais ser "muito lentas" ou "muito rápidas", a fim de se adaptarem à "mentalidade e ao ritmo musical" dessa antiga república soviética.

"Patrimônio cultural do povo checheno"

"Todas as composições musicais, vocais e coreográficas" devem corresponder a "um ritmo que varia entre 80 e 116 batidas por minuto (BPM)", informou a agência de notícias russa Tass, segundo o jornal francês Le Parisien. Com esse anúncio, estilos musicais ocidentais, como reggae, techno ou até mesmo pop, serão afetados pela proibição.

A ideia com essa medida é passar "para as pessoas e nossos filhos o futuro do patrimônio cultural do povo checheno", disse Dadayev. "É inaceitável tomar emprestada a cultura musical de outros povos", acrescentou ele durante a reunião entre o ministério da república e artistas locais e regionais, de acordo com o Moscow Times.

Até 1º de junho para "reescrever" as músicas

Os músicos têm até 1º de junho para reescrever suas canções que não atendam aos critérios acima.

Caso contrário, correm o risco de não ter permissão para tocá-las em público.

Ramzan Kadyrov, que está no comando desse território entre a Rússia e a Geórgia desde 2007, usa seu governo para reprimir qualquer forma de dissidência. Em particular, ele segue uma política extremamente violenta em relação às pessoas LGBTQIA+.

A Chechênia tem apoiado firmemente a invasão da Ucrânia pela Rússia, desde fevereiro de 2022.

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