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Após ataque a opositor sul-coreano, Partido Democrata denuncia ameaça à democracia

O líder opositor da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, foi esfaqueado no pescoço nesta terça-feira (02), por um homem que se fez passar por um apoiador, informou a polícia. O Partido Democrata denunciou um “ataque terrorista e uma ameaça contra a democracia”.

O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, está fora de perigo após ser esfaqueado no pescoço em Busan.
O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, está fora de perigo após ser esfaqueado no pescoço em Busan. via REUTERS - YONHAP
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Lee está fora de perigo, noticiou a imprensa local, após o ataque ocorrido em uma construção na cidade portuária de Busan, enquanto o político falava com jornalistas.

O agressor atacou Lee e o feriu no lado esquerdo do pescoço, disse o oficial de polícia de Busan, Son Je-han, em entrevista coletiva.

Segundo Son, o agressor, um homem com cerca de 60 anos, "usou uma faca de 18 centímetros, com lâmina de 13 centímetros, que comprou pela Internet".

O agressor foi preso no local e a polícia investiga suas motivações.

O político da oposição caminhava para seu carro enquanto falava com repórteres, "quando o agressor pediu um autógrafo", contou uma testemunha à emissora local YTN.

Imagens de televisão mostram um homem que avança sobre Lee e o ataca. O político é, então, visto no chão, sendo socorrido por uma pessoa, antes de ser atendido em uma ambulância.

Lee estava sangrando, mas consciente, quando foi levado para o hospital universitário local, segundo a agência de notícias Yonhap. Depois, foi transferido para a capital do país, Seul, para ser operado, informou uma fonte de seu partido.

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"Ameaça à democracia"

O Partido Democrata denunciou um “ataque terrorista e uma ameaça contra a democracia”. O ataque contra o presidente da sigla ocorreu a cem dias das eleições legislativas sul-coreanas, marcada para o mês de abril e consideradas cruciais no país. 

O Partido Democrata de Lee Jae-myung tem atualmente maioria na Assembleia e pretende mantê-la. De acordo com pesquisas recentes, as futuras eleições prometem ser acirradas, mas os democratas são os favoritos. Lee perdeu para o conservador e atual presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, nas eleições presidenciais de 2022.

Yoon expressou sua “profunda preocupação com a segurança de Lee Jae-myung após saber do ataque” na terça-feira, segundo o porta-voz presidencial sul-coreano Kim Soo-kyung. Ele também “enfatizou que nossa sociedade nunca deveria tolerar este tipo de ato de violência, independentemente das circunstâncias”, acrescentou.

Lee é um político de origem operária, que ganhou grande popularidade com sua história de superação, após se recuperar de um acidente em uma fábrica onde trabalhou quando adolescente e de ter ingressado na política.

Durante a campanha presidencial, vários escândalos de corrupção acabaram afetando sua imagem, mas ele continua sendo um político popular, segundo as últimas pesquisas. Lee deve se candidatar novamente em 2027.

(Com informações da AFP)

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