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Inundações na Somália deixam pelo menos 50 mortos e 700 mil deslocados

A meteorologia prevê chuvas fortes para esta terça-feira (22) na Somália, o que pode agravar a situação das enchentes no país. Ao menos 50 pessoas morreram e quase 700.000 foram obrigadas a abandonar suas casas devido às inundações devastadoras provocadas pelo fenômeno climático 'El Niño'. 

Crianças somalis deslocadas internamente atravessam as águas da enchente diante de abrigos improvisados, ​​após fortes chuvas no campo de Al Hidaya, nos arredores de Mogadíscio, Somália, em 6 de novembro de 2023.
Crianças somalis deslocadas internamente atravessam as águas da enchente diante de abrigos improvisados, ​​após fortes chuvas no campo de Al Hidaya, nos arredores de Mogadíscio, Somália, em 6 de novembro de 2023. REUTERS - FEISAL OMAR
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De acordo com as autoridades locais, as chuvas e cheias dos rios destruíram pontes e inundaram zonas residenciais. "Cinquenta pessoas morreram na catástrofe e mais de 687.000 tiveram que abandonar suas casas", declarou Mohamud Moalim Abdullahi, diretor da agência somali de gestão de desastres, precisando os números da tragédia. "As chuvas previstas entre os dias 21 e 24 de novembro podem provocar novas enchentes, mais mortes e destruição", acrescentou. 

Alimentos mais caros 

Ao todo, 1,7 milhão de pessoas já foram afetadas direta ou indiretamente pelo mau tempo, estima o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU. “Estradas, pontes e pistas de pouso foram danificadas em diversas regiões, afetando a circulação de pessoas e de suprimentos, levando a um aumento nos preços dos produtos básicos”, observa o OCHA. 

Na quinta-feira (16), a ONG Save the Children avaliava a situação como ainda mais desastrosa. De acordo com esta fonte, mais de 100 pessoas, incluindo 16 crianças, morreram e mais de 700 mil foram forçadas a abandonar suas casas no Quênia, na Somália e na Etiópia, na sequência de inundações repentinas. 

A região conhecida como o Chifre da África, no nordeste do continente, e inclui Somália, Djibouti, Etiópia e Eritreia, perto da Península Arábica, é uma das mais vulneráveis às mudanças climáticas. 

Os fenômenos meteorológicos extremos são cada vez mais frequentes e intensos na região, que acaba de sair da seca mais grave em 40 anos. A estiagem destruiu plantações e dizimou o gado, deixando milhões de pessoas em uma situação dramática. O temor é que se repita a situação de fome que atingiu a Somália em 2011, deixando mais de 250 mil mortos, a maioria crianças.

As organizações humanitárias alertaram que a situação deve piorar, agora devido às enchentes, uma vez que o fenômeno 'El Niño' deve prosseguir pelo menos até abril de 2024. Um apelo a uma intervenção internacional urgente foi lançado. 

(Com informações da AFP)

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