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ONU faz minuto de silêncio em homenagem mundial aos seus mais de 100 funcionários mortos em Gaza

Um minuto de silêncio e bandeiras a meio mastro: nesta segunda-feira (13), a ONU prestou um tributo mundial aos seus mais de 100 funcionários mortos na guerra entre Israel e o Hamas.

A bandeira das Nações Unidas a meio mastro no Centro das Nações Unidas em Genebra, Suíça, em 13 de novembro de 2023.
A bandeira das Nações Unidas a meio mastro no Centro das Nações Unidas em Genebra, Suíça, em 13 de novembro de 2023. © DENIS BALIBOUSE / REUTERS
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O secretário-geral, Antonio Guterres, acompanhado pelo presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis, e dezenas de funcionários, observou um minuto de silêncio na sede da ONU, em Nova York, às 9h30, horário local. A homenagem foi feita em todos os lugares com representações da organização.

Em Bangcoc, Tóquio, Pequim, Beirute, Genebra, a bandeira azul e branca das Nações Unidas foi hasteada a meio mastro em homenagem aos mais de 100 funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos (Unrwa) que morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra.

"A equipe da Unrwa em Gaza aprecia o fato da ONU hastear a bandeira a meio mastro em todo o mundo", comentou Tom White, diretor da Unrwa para Gaza, de Rafah, citado em um comunicado.

"Em Gaza, no entanto, devemos hastear bem alto as cores da ONU para mostrar que ainda estamos de pé e a serviço do povo de Gaza", acrescentou. 

Israel vem bombardeando incessantemente a Faixa de Gaza há cinco semanas em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas em seu território, em 7 de outubro. De acordo com as autoridades israelenses, cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, foram mortas em Israel e cerca de 240 foram feitas reféns no ataque.

Os bombardeios israelenses por ar, terra e mar mataram pelo menos 11.100 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria delas civis, incluindo mais de 4.600 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza. Em Nova York e Genebra, nenhuma das bandeiras dos 193 países membros da ONU foi hasteada.

Nomes no saguão da ONU em Nova York

Iman, Ahmed, Samir, Mohammed, no saguão da sede da ONU em Nova York, os nomes de mais de 100 funcionários mortos em Gaza foram lidos diante de dezenas de seus colegas, alguns dos quais carregavam folhas de papel onde estava escrito:  "parem a guerra" ou "protejam os civis".

"No último mês, 101 de nossos colegas perderam suas vidas em Gaza. Esse é o maior número de trabalhadores humanitários mortos na história da nossa organização em um espaço de tempo tão curto", disse a chefe da ONU em Genebra, Tatiana Valovaya, da Rússia, em uma cerimônia semelhante.

"E estamos reunidos aqui hoje (...) para prestar homenagem aos nossos corajosos colegas que sacrificaram suas vidas enquanto serviam sob a bandeira das Nações Unidas", observou ela, antes de voltar aos seus pensamentos.

"Sua memória e a marca que deixaram viverão para sempre. Sua dedicação inabalável à paz, à justiça e ao bem-estar dos outros será nosso guia e um lembrete da importância da missão que compartilhamos", acrescentou o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Sob a bandeira da ONU

Também foram realizadas homenagens nos prédios da ONU em Katmandu e Cabul, onde a Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para o Afeganistão, Rosa Otunbayeva, liderou cerca de 250 pessoas em um minuto de silêncio.

Essa homenagem mundial, anunciada na semana passada, ocorre um dia depois que a ONU anunciou "um número significativo de mortos e feridos" no "bombardeio" da sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Gaza.

Na sexta-feira, a UNRWA anunciou que 101 de seus funcionários haviam morrido desde o início da guerra. A agência disse que estava atualmente abrigando cerca de 780.000 pessoas em mais de 150 instalações na Faixa de Gaza. "Essas pessoas vieram buscar proteção e segurança nesses abrigos, sob a bandeira das Nações Unidas", disse a Unrwa.

(Com AFP)

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