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Faixa de Gaza virou 'cemitério para milhares de crianças', diz ONU

A Faixa de Gaza se tornou "um cemitério para milhares de crianças", disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (31), que afirmou ainda temer que muitas outras estejam morrendo de desidratação. Mais de 3.450 crianças palestinas perderam a vida desde 7 de outubro.

Equipes de resgate palestinas evacuam uma criança morta de um prédio destruído por um bombardeio em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, no domingo, 29 de outubro.
Equipes de resgate palestinas evacuam uma criança morta de um prédio destruído por um bombardeio em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, no domingo, 29 de outubro. AP - Hatem Ali
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"Nossos piores temores de que o número de crianças mortas se transformasse em dezenas, depois em centenas e, finalmente, em milhares, se concretizaram no espaço de duas semanas", disse James Elder, porta-voz da Unicef, em um comunicado.

"Os números são terríveis: acredita-se que mais de 3.450 crianças tenham sido mortas, e é impressionante ver que esse número está aumentando a cada dia", enfatizou. "Gaza se tornou um cemitério para milhares de crianças".

Mais de um milhão de menores que vivem na Faixa de Gaza também estão sofrendo com a falta de água potável, acrescentou.

Desidratação

"A capacidade de produção de água de Gaza é de apenas 5% de sua produção diária normal. A morte de crianças - especialmente bebês - devido à desidratação é uma ameaça crescente", alertou Elder.

O Unicef está pedindo um cessar-fogo humanitário imediato, com todas as passagens para Gaza abertas para permitir o acesso seguro à ajuda humanitária.

"Se não houver cessar-fogo, nem água, nem medicamentos e nem a libertação das crianças sequestradas, estaremos caminhando para horrores ainda maiores para essas crianças inocentes", disse o porta-voz da Unicef.

"É insuportável pensar nessas crianças enterradas sob os escombros, com poucas chances de serem retiradas", disse Jens Laerke, porta-voz da agência humanitária das Nações Unidas.

Mas os habitantes de Gaza não estão morrendo apenas como resultado do bombardeio direto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

"Desastre iminente de saúde pública"

"Temos 130 crianças prematuras que dependem de incubadoras, sendo que cerca de 61% delas estão no norte", disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier. "Esse é um desastre iminente para a saúde pública".

Israel tem bombardeado fortemente a Faixa de Gaza desde que foi atacado em 7 de outubro pelo movimento islâmico palestino Hamas. A incursão do grupo matou 1.400 pessoas, a maioria civis. Ao menos 240 foram feitas reféns, de acordo com autoridades israelenses.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas, disse que os ataques mataram até agora mais de 8.500 pessoas, sobretudo civis.

(Com AFP)

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