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Antes de receber Lula em Pequim, presidente chinês se reúne com Putin em Moscou

O presidente chinês, Xi Jinping, visitará Moscou na próxima semana para discutir uma "cooperação estratégica" com líder russo, Vladimir Putin, pouco mais de um ano após o início da invasão russa da Ucrânia. A reunião entre os dois chefes de Estado acontece às vésperas da visita à China do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente russo Vladimir Putin vai se reunir com o presidente chinês Xi Jinping em Moscou.
O presidente russo Vladimir Putin vai se reunir com o presidente chinês Xi Jinping em Moscou. via REUTERS - SPUTNIK
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Lula desembarca em Pequim no dia 26 de março e tem encontro marcado com o presidente chinês para discutir principalmente questões comerciais. No entanto, espera-se que a guerra na Ucrânia também entre nas conversas com o líder do gigante asiático.

Lula estimula uma proposta para que o Brasil participe de um eventual processo de diálogo em busca de uma solução para o conflito entre Moscou e Kiev.

Mas antes desse encontro entre Lula e Xi Jinping, o presidente chinês estará na Rússia entre segunda-feira (20) e quarta-feira (22), conforme anunciaram nesta sexta-feira (17) o ministério das Relações Exteriores da China e o Kremlin.

Xi visitou a Rússia pela última vez em 2019. Já Putin compareceu no ano passado à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim. Aliados históricos, os dois chefes de Estado também se encontraram em uma reunião regional de segurança em setembro do ano passado no Uzbequistão.

O Kremlin anunciou que o presidente russo convidou Xi para um almoço individual na segunda-feira, antes de conversas mais formais no dia seguinte. O ministério das Relações Exteriores da China disse que a visita de Xi é uma "visita pela paz" destinada a "praticar o multilateralismo (...) melhorar a governança global e contribuir para o desenvolvimento e progresso do mundo".

"A China enfatizará sua posição justa e objetiva sobre a crise ucraniana e desempenhará um papel construtivo na promoção das negociações de paz", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, em entrevista coletiva. O Kremlin disse, por sua vez, que os dois presidentes conversarão sobre como aprofundar sua "cooperação estratégica", especialmente "no cenário internacional".

China pediu diálogo

Em um documento de 12 pontos divulgado no mês passado sobre a guerra na Ucrânia, a China pediu diálogo e respeito pela integridade territorial de todos os países.

Na quinta-feira (16), o ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, insistiu numa conversa telefônica com o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, que Kiev e Moscou devem iniciar negociações de paz "o mais rápido possível". O chanceler russo disse que nessa conversa abordaram "a importância do princípio da integridade territorial", mas não deu mais detalhes.

Brasil e China: o início de uma nova era

Logo após se reunir com Putin em Moscou, Xi Jinping se encontrará com Lula em Pequim. Quando o convite foi confirmado, a porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, declarou que a visita do brasileiro "vai marcar o início de uma nova era e um novo futuro para as relações entre China e Brasil".

Nesta sexta-feira, a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, ressaltou nas redes sociais que "China e Brasil, ambos grandes países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes, são parceiros estratégicos globais, e têm formado um exemplo de solidariedade, cooperação e desenvolvimento comum entre os grandes países em desenvolvimento". Ela também afirmou que "a visita do presidente Lula elevará a nossa parceria a um novo patamar".

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com US$ 152 bilhões (R$ 803 bilhões) de comércio bilateral no ano passado, muito à frente dos Estados Unidos (US$ 88,8 bilhões, cerca de R$ 469 bilhões).

(Com informações da AFP)

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