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China registra 13 mil mortes por Covid-19 em uma semana; situação pode piorar durante Ano Novo Lunar

O Centro para o Controle e Prevenção de Doenças da China anunciou no sábado (21) que cerca de 13 mil óbitos por Covid-19 foram registrados nos hospitais do país entre 13 e 19 de janeiro. Segundo as autoridades, a maioria da população chinesa já foi infectada pela doença, mas contaminações ainda podem aumentar durante as comemorações do Ano Novo Lunar, quando parte dos chineses viajam para se reunir com seus familiares.

Pacientes recebem atendimento na emergência de um hospital de Pequim, em 19 de janeiro de 2023.
Pacientes recebem atendimento na emergência de um hospital de Pequim, em 19 de janeiro de 2023. AP - Andy Wong
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Em comunicado, o centro indica que 681 pacientes morreram de insuficiência respiratória e 11.977 de doenças relacionadas ao vírus. As autoridades precisam que o balanço não considerou pessoas que morreram de Covid-19 em suas casas, deixando a entender que o número real de vítimas fatais provocadas pela doença é muito maior. 

Em meados de janeiro - mais de um mês após a flexibilização das restrições sanitárias - a China anunciou cerca de 60 mil óbitos por Covid-19 nos hospitais do país. As mortes ocorreram entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023. 

Ano Novo Lunar

A empresa britânica de análises médicas Airfinity calcula que o verdadeiro balanço de óbitos pelo vírus deve contabilizar mais de 600 mil pessoas. A instituição aponta que o número de mortos pode chegar a 36 mil diariamente durante as férias do Ano Novo Lunar, comemorado neste fim de semana

Dezenas de milhões de pessoas viajaram pelo país nestes últimos dias para encontrar familiares e participar das comemorações, o que deve resultar na explosão das contaminações. As autoridades de transporte chinesas preveem que mais de dois bilhões de viagens serão realizadas até o mês de fevereiro.

Na quarta-feira (18), o presidente chinês, Xi Jinping, expressou sua preocupação com a propagação da Covid-19 pelo interior do país. Em muitas regiões distantes dos grandes centros faltam medicamentos e recursos médicos. 

"As condições de acesso a hospitais de qualidade nas zonas rurais são relativamente limitadas. As medidas de prevenção e controle da epidemia são uma tarefa difícil de implementar nesses locais", afirmou o líder, citado pela agência estatal de notícias.

80% da população foi infectada

No sábado, Wu Zunyou, chefe do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças da China, relativizou o perigo. Em uma mensagem publicada na rede social Weibo, ele afirmou que a atual onda de Covid-19 já contaminou cerca de 80% da população chinesa. Por isso, segundo o especialista, “a curto prazo, nos próximos dois ou três meses, a possibilidade de uma segunda onda no país é muito pequena”.

Wu Zunyou não é o único a defender uma desaceleração em breve das infecções de Covid-19 na China. Na quinta-feira (19), Guo Yanhong, funcionário da Comissão Nacional de Saúde, disse que o país ultrapassou o pico de internações de pacientes com o vírus em clínicas especializadas em febre e departamentos de emergência. Segundo ele, também haveria uma diminuição de doentes em situação crítica.

(Com informações da AFP

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