Coreia do Norte: lançamento de satélite espião estaria por trás do disparo de mísseis balísticos?
No domingo (18), a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos; mais uma provocação, como definiu a Coreia do Sul. Embora as razões para os disparos tenham permanecido incertas no fim de semana, nesta segunda-feira (19), a mídia de propaganda do regime norte-coreano anunciou que o teste fazia parte de um programa para lançar um satélite espião na órbita espacial.
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Célio Fioretti, correspondente da RFI em Seul
Nesta segunda-feira (19), no Rodong Sinmun, o diário norte-coreano, duas fotos mostravam vistas aéreas das cidades sul-coreanas de Seul e Incheon. Essas imagens não foram feitas por um avião, mas por um satélite posicionado por um dos mísseis disparados na véspera pelo regime de Kim Jong-un. Uma maneira espetacular de mostrar o progresso do projeto de satélite do país comunista.
Com este novo teste bem-sucedido, a Coreia do Norte está um passo mais perto de seu objetivo de colocar um dispositivo espião em órbita ao redor da Terra. O lançamento do satélite está previsto para abril de 2023, aniversário de Kim Il-sung, fundador do regime.
Se a resolução das imagens captadas neste domingo pelo satélite não estiver no nível dos padrões atuais, pode ser que a versão final esteja bem mais desenvolvida, alertam os especialistas. Seul obviamente condenou essa tentativa, chamando-a, mais uma vez, de provocação contra o país.
Este programa espacial de satélite não é o primeiro realizado por Pyongyang. Entre 1992 e 2016, foram feitas cinco tentativas, duas delas bem-sucedidas, mantendo um equipamento em órbita por curtos períodos de tempo. Resta saber se este próximo lançamento também será um sucesso.
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