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Ucrânia: mais de 500 localidades continuam sem eletricidade neste domingo

Mais de 500 localidades ucranianas continuavam sem energia elétrica neste domingo (4), após os bombardeios russos das últimas semanas que afetaram a infraestrutura de energia do país, informou o ministério do Interior. 

Prédio atingido por ataques russos em Kherson, Ucrânia (24/11/22).
Prédio atingido por ataques russos em Kherson, Ucrânia (24/11/22). © Morgane Bona - RFI
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"O inimigo continua atacando as infraestruturas essenciais do país. Atualmente, 507 localidades de oito regiões de nosso país estão sem fornecimento de energia", declarou o vice-ministro do Interior ucraniano, Yevgeniy Yenin.

"A região de Kharkiv é a mais afetada, com 112 localidades isoladas. Nas regiões de Donetsk e Kherson, mais de 90; na região de Mykolaiv, 82; na região de Zaporizhzhia, 76; na região de Lugansk, 43", explicou.

As autoridades ucranianas fizeram um apelo no sábado para que a população tente "aguentar" a deterioração das condições de vida.

"Temos que aguentar", afirmou o governador da região Mykolaiv (sul), Vitaliy Kim. Os ucranianos ficam sem energia elétrica e calefação por várias horas em um dia e as dificuldades são cada vez maiores, pois as temperaturas estão abaixo de zero há alguns dias.

A perspectiva de novos bombardeios russos contra a rede de energia ucraniana provoca o temor de um inverno especialmente complicado para a população e uma nova onda de civis em busca de refúgio fora do país.

A operadora privada de energia ucraniana DTEK disse na quinta-feira que quase metade da rede elétrica da Ucrânia continua danificada depois que a Rússia começou a atacar instalações de energia ucranianas em outubro, após uma série de derrotas militares humilhantes no terreno.

Teto para petróleo insuficiente

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, considerou neste sábado (3) insuficiente o teto de US$ 60 para o barril de petróleo russo imposto pela União Europeia (UE), G7 e Austrália, e que a Rússia rejeita.

A medida está programada para entrar em vigor na segunda-feira (5), juntamente com um embargo da UE ao petróleo russo, em uma nova reviravolta nas sanções aplicadas desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas invadissem a Ucrânia em 24 de setembro.

O custo atual de um barril de petróleo russo (bruto dos Urais) é de cerca de US$ 65, portanto, fixar seu preço em um máximo de US$ 60 terá um impacto limitado.

"Não é uma decisão séria estabelecer esse limite para o preço do petróleo russo, já que é confortável para o orçamento do Estado terrorista (Rússia)", criticou Zelensky, segundo o gabinete da presidência.

"O lógico teria sido estabelecer um preço máximo para o barril de petróleo russo de US$ 30, como proposto pela Polônia e pelos países bálticos", acrescentou Zelensky.

Os 27 países da UE, o G7 das economias mais desenvolvidas e a Austrália concordaram na sexta-feira em impor um teto de US$ 60 ao barril de petróleo da Rússia, o segundo maior exportador mundial de combustíveis.

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