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Hadis Najafi, de 20 anos, morta a tiros durante protesto, vira novo símbolo da repressão no Irã

A ONG Iran Human Rights disse nesta segunda-feira (26) que pelo menos 76 pessoas foram mortas  desde o início dos protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, após sua prisão pela polícia de moralidade. O anúncio da morte de outra jovem, Hadis Najafi, de apenas 20 anos causou uma nova onda de emoção no Irã.

Um desenho de Mahsa Amini durante um protesto após sua morte em frente ao Portão de Brandenburgo em Berlim, Alemanha, 23 de setembro de 2022.
Um desenho de Mahsa Amini durante um protesto após sua morte em frente ao Portão de Brandenburgo em Berlim, Alemanha, 23 de setembro de 2022. © REUTERS/Christian Mang
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Pelo décimo dia consecutivo, a raiva dos iranianos foi ouvida em muitas cidades do país apesar da repressão. O chefe do judiciário insistiu na "necessidade de agir sem qualquer complacência" com aqueles que ele chamou de "os instigadores dos tumultos".

No domingo (25), outra jovem  se tornou a cara deste movimento de protesto: Hadis Najafi, que foi morta a tiros na rua

Em um pequeno vídeo postado nas redes sociais na semana passada, uma jovem, identificada como Najafi aparece filmada por trás, amarrando seus cabelos, no meio da rua, à noite. Um grupo de pessoas na sua frente parece estar bloqueando a passagem. A jovem não estava usando véu e seus cabelos loiros  são visíveis.

O gesto anônimo simboliza todas as mulheres iranianas que saíram às ruas após a morte de Mahsa Amini, que foi presa por deixar uma mecha de cabelo aparecer sob o véu islâmico. 

Um jornalista e ativista iraniano que vive no exílio anunciou, no domingo, a morte da jovem na noite em que o vídeo foi filmado. Ela foi atingida seis vezes no peito, pescoço e cabeça. 

De acordo com autoridades iranianas, 41 pessoas morreram, mas a Iran Human Rights, baseada em Oslo, afirma que "ao menos 76 pessoas morreram nas manifestações" entre elas "seis mulheres e quetro crianças", em 14 províncias do país. 

A organização afirmou que obteve "vídeos e certificados de falecimentos confirmando tiros com balas de verdade sobre os manifestantes". 

(Com AFP)

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