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Coreia do Norte volta a fazer novo disparo e preocupa comunidade internacional

A Coreia do Norte disparou um novo projétil não identificado, sexta-feira (14), de acordo com informações de militares sul-coreanos. Este é o terceiro teste realizado pelo país em uma semana, o que aumenta a preocupação da comunidade internacional.

Foto publicada no dia 6 de janeiro pela agência oficial norte-coreana sobre o lançamento feito em 5 de janeiro
Foto publicada no dia 6 de janeiro pela agência oficial norte-coreana sobre o lançamento feito em 5 de janeiro AFP - STR
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Segundo o Japão, o artefato, que parece parece ser um míssil balístico, foi lançado pela Coreia do Norte às 14h55 (2h55 no horário de Brasília). De acordo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, o projétil seguiu na direção leste.

Apesar das sanções internacionais contra seu arsenal nuclear e armamentos, Pyongyang fez dois testes de supostos mísseis hipersônicos em 5 e 11 de janeiro. Após o segundo teste, supervisionado pessoalmente pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, os Estados Unidos impuseram sanções a cinco pessoas ligadas ao programa de armas balísticas.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte acusou Washington de "provocar novas tensões" e piorar a situação. Se "os Estados Unidos adotarem uma postura de confrontação, a República Popular Democrática da Coreia será obrigada a ter uma reação mais forte e firme", disse o porta-voz em comentários publicados pela agência oficial de notícias KCNA, nesta sexta, antes do disparo.

Kim Jong-un observa lançamento de míssil em foto divulgada pela KCNA, a agência oficial norte-coreana
Kim Jong-un observa lançamento de míssil em foto divulgada pela KCNA, a agência oficial norte-coreana AP

Os Estados Unidos vão propor a 14 nações do Conselho de Segurança da ONU a adoção de novas sanções internacionais contra a Coreia do Norte, depois de Pyongyang ter disparado vários mísseis balísticos nas últimas semanas, anunciou a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas, nesta quarta-feira (12).

"Os Estados Unidos propõem sanções da ONU após os seis lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte desde setembro de 2021, cada um violando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", escreveu Thomas no Twitter. Sua mensagem não especifica quais sanções poderiam ser propostas ao Conselho de Segurança. China e Rússia, com direito de veto e que pedem o alívio das sanções contra Pyongyang há mais de um ano, podem se opor à proposta.

A Coreia do Norte pretende provavelmente "chamar a atenção" da comunidade internacional ao multiplicar o lançamento de mísseis, disse nesta quinta-feira (13) o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.  Estes testes, incluindo os dois realizados na semana passada, são "profundamente desestabilizadores", "perigosos" e "contrários" às resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, criticou o secretário de Estado em declarações ao canal MSNBC.

 As negociações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte estão paralisadas desde o fracasso das históricas cúpulas de 2018 e 2019, entre o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Kim Jong-un. Pyongyang retomou os testes de mísseis balísticos nos últimos meses, realizando vários lançamentos desde setembro passado.

Com informações da AFP)

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