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Nova Zelândia registra primeiros avanços contra a variante Delta, mas prolonga lockdown

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, anunciou nesta sexta-feira (27) a extensão até 31 de agosto do lockdown em todo o país. O objetivo é tentar barrar um novo aumento de casos da variante Delta.  

A primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, durante coletiva de imprensa em Wellington, nesta sexta-feira (26).
A primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, durante coletiva de imprensa em Wellington, nesta sexta-feira (26). AP - Mark Mitchell
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Um foco de contágio registrado em Auckland, na semana passada, acabou com seis meses seguidos sem infecções locais da Covid-19 no país. Com uma elogiada gestão da crise sanitária, a Nova Zelândia se tornou um dos poucos países livres da doença durante alguns meses. 

Ardern anunciou que apenas nesta sexta-feira foram registrados 70 novos casos vinculados a esse foco, elevando a quantidade de contaminações a 347. Segundo a premiê, a medida já começa a apresentar os primeiros resultados. "Estamos vendo o começo de uma estagnação dos casos (...) Nosso trabalho é seguir com este duro esforço", declarou.

Por isso, o lockdown nacional imposto em 17 de agosto seguirá em vigor até terça-feira (31). A partir da próxima semana, o governo neozelandês também prevê uma leve flexibilização das medidas em todo o país, com exceção da cidade de Auckland e da região vizinha de Northland, que concentram quase todos os casos. Essas localidades deverão permanecer confinadas por ao menos duas semanas a mais. 

Estratégia "Covid zero"

A Nova Zelândia aposta na estratégia de eliminação do vírus por meio de controles rígidos das fronteiras e lockdowns severos quando são detectados contágios locais. Graças ao plano, o país registrou apenas 26 mortes por Covid-19 entre cinco milhões de habitantes.

Na quinta-feira (26), Ardern defendeu o plano, diante de afirmações de que a política é ineficaz para barrar a contagiosa variante Delta. A premiê explicou que sua decisão é baseada na recomendação dos principais especialistas de saúde do país. "Na opinião deles, não apenas é possível, mas é a melhor estratégia e estou plenamente de acordo", salientou.

Uma das principais críticas contra a decisão veio do primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que classificou como "absurda" a tentativa de eliminar a variante. "A Nova Zelândia não consegue fazer isso", disse ele. A Austrália também enfrenta uma nova onda da doença e pena para combater o avanço da Delta

Ardern reconheceu que a variante de origem indiana requer mudanças estratégicas como, por exemplo, a determinação precoce de um lockdown nacional e uma triagem mais ampla dos possíveis "casos contato". Segundo ela, outras alternativas poderão ser examinadas quando a taxa de vacinação - que hoje diz respeito a 20% da população - aumentar. 

"Ninguém quer lockdowns para sempre. Não é nossa intenção (...) mas, no momento, enquanto vacinamos, a eliminação [do vírus] é nosso principal objetivo", frisou.

(Com informações da AFP)

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