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Israel/Política

Centrista Benny Gantz fracassa em formar governo e Israel pode ter novas eleições

O líder do partido centrista israelense Azul e Branco, Benny Gantz, anunciou nesta quarta-feira (20) ao presidente do país sua incapacidade para formar o novo governo. A decisão pode acarretar a convocação de uma nova eleição em Israel, a terceira em um ano.

Benny Gantz durante coletiva de imprensa em Tel Aviv, após seu fracasso em formar um governo em Israel, nesta quarta-feira 20 de novembro de 2019.
Benny Gantz durante coletiva de imprensa em Tel Aviv, após seu fracasso em formar um governo em Israel, nesta quarta-feira 20 de novembro de 2019. REUTERS/Amir Cohen
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“Eu fiz de tudo para tentar formar um governo de união nacional”, declarou Gantz durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv. O líder centrista falou com os jornalistas depois de ter comunicado ao presidente israelense, Reuven Rivlin, que “era incapaz de formar” o gabinete.

Nas últimas eleições nacionais no país, em setembro, nenhum partido obteve maioria nas urnas. Inicialmente, o atual primeiro-ministro, o conservador Benjamin Netanyahu, foi indicado para tentar costurar uma coalizão, mas fracassou. O presidente israelense confiou então a tarefa a Benny Gantz, que assim como seu adversário político não conseguiu aliados suficientes.

O ex-chefe do Exército israelense tinha duas opções para obter a maioria necessária de 61 deputados: ou convencia o líder do partido nacionalista Israel Beitenou, Avigdor Lieberman, a aceitar uma coligação com a esquerda, apoiada pelos partidos árabes; ou se aliava ao partido conservador Likoud de Netanyahu.

Missão impossível

Após semanas de negociações, Lieberman finalmente descarou qualquer possibilidade de acordo nesta quarta-feira, último dia do prazo que Gantz tinha oficialmente para compor o gabinete. E Netanyahu não aceitou de maneira alguma a principal exigência feita pelo líder centrista. Em caso de coalizão com o bloco conservador liderado pelo Likoud, haveria uma rotação no comando do governo e Gantz exigia ser o primeiro chefe do novo gabinete.

“Encontrei um muro composto por perdedores (das eleições) que impediu os cidadãos israelenses de se beneficiar de um governo sob a minha direção”, criticou abertamente o líder centrista. Segundo ele, “Netanyahu privilegiou seus interesses pessoais”.

O presidente pode, agora, dar três semanas para que os deputados israelenses encontrarem outros nomes capazes de formar um governo. Rivlin quer tentar tudo antes de convocar a terceira eleição em um ano.

Tanto em abril, quanto em setembro, os eleitores não deram uma vitória clara nem a Gantz, nem a Netanyahu que segue sendo o primeiro-ministro do país até a resolução do impasse. A sentença sobre o processo de corrupção envolvendo o premiê conservador, esperada para o início de dezembro, pode complicar ainda mais a situação política em Israel.

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