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antissemitismo/Israel

Ódio aos judeus volta a assombrar mundo ocidental 73 anos após Holocausto

Israel relembra nesta quinta-feira (2) o Holocausto, o massacre de quase seis milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Pela manhã, as sirenes soaram por todo o país e os israelenses pararam toda a atividade por dois minutos em memória das vítimas. Recentemente, a Universidade de Tel Aviv publicou um relatório sobre o antissemitismo em todo o mundo. De acordo com este estudo, 73 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, os ataques visando judeus aumentaram 13% em 2018, principalmente em grandes potências ocidentais, como Alemanha, França e Estados Unidos.

O presidente israelense, Reuven Rivlin (à esq.), o premiê Benjamin Netanyahu e o ex-prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, durante as cerimônias em memória do Holocausto, em 2 de maio de 2019.
O presidente israelense, Reuven Rivlin (à esq.), o premiê Benjamin Netanyahu e o ex-prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, durante as cerimônias em memória do Holocausto, em 2 de maio de 2019. ABIR SULTAN / POOL / AFP
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Guilhem Delteil, correspondente da RFI em Jerusalém

É nos Estados Unidos que o ataque mais violento contra os judeus aconteceu, no ano passado. Em 27 de outubro de 2018, 13 pessoas foram mortas enquanto rezavam em uma sinagoga em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia. Mais de um quarto dos ataques violentos contra judeus ocorreram nos Estados Unidos, observa o estudo divulgado esta semana pela Universidade de Tel Aviv.

O jornal norte-americano The New York Times chegou a pedir desculpas no sábado (4) pela publicação de um desenho antissemita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A charge, publicada na edição Internacional, mostra Netanyahu como um cão-guia usando uma coleira com uma estrela de David e indicando as direções a um cego Trump, usando uma kipá.

Em seu pedido de desculpas no Twitter e também em sua edição desta segunda-feira (29), o NYT disse que o desenho "incluía clichês antissemitas". "A foto foi ofensiva, e foi um erro de julgamento publicá-la", acrescentou o jornal.

Aumento marcado na Europa

Mas, de acordo com pesquisadores israelenses, a ascensão do antissemitismo é ainda mais marcante na Europa. Os ataques contra judeus aumentaram em 73% na França, e em 70% na Alemanha. "O antissemitismo progrediu ao ponto de questionar a manutenção de comunidades judaicas em muitas partes do mundo", afirmou Moshe Kantor, presidente do Congresso Judaico Europeu, uma organização que os representa no Velho Continente.

Segundo os autores deste relatório, o antissemitismo é promovido ativamente por líderes políticos em três continentes: América, Ásia e Europa. Eles visam especificamente as autoridades venezuelanas, turcas, polonesas e ucranianas. "As forças políticas onde o antissemitismo ou o racismo fazem parte do discurso, do patrimônio ou da ideologia nunca poderão ser nossos aliados", disse o presidente israelense, Reuven Rivlin, durante uma cerimônia oficial.

Um lembrete para o recém-eleito primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusado de tolerar excessos antissemitas de governos aliados.

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