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Rússia promete intensificar ajuda humanitária à Venezuela

A Rússia, aliada do presidente venezuelano Nicolás Maduro, prometeu nesta sexta-feira (1°) continuar com sua ajuda humanitária "legítima" à Venezuela, enviando especialmente medicamentos. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, se encontrou mais cedo com a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodriguez.

Delcy Rodríguez e Serguei Lavrov na coletiva de imprensa desta sexta-feira (1°)
Delcy Rodríguez e Serguei Lavrov na coletiva de imprensa desta sexta-feira (1°) REUTERS/Maxim Shemetov
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"A Rússia continuará ajudando as autoridades da Venezuela a resolver as dificuldades econômicas e sociais", declarou o chefe da diplomacia russa Serguei Lavrov, após seu encontro com Delcy Rodríguez. A vice venezuelana reiterou seu "agradecimento ao presidente Putin" e disse que “tudo o que a Venezuela precisa, a Rússia tem”. Ela também anunciou o fechamento do escritório português da petroleira PDVSA, um dos pilares da economia venezuelana, que será transferido para Moscou.

"Maduro deu instruções muito claras de que alimentos o povo da Venezuela precisa e quais serão adquiridos da Rússia", acrescentou a vice-presidenta venezuelana. Lavrov assegurou que a Rússia enviou "um primeiro lote de 7,5 toneladas de medicamentos" à Venezuela.

Além disso, a Rússia também efetuará "envios maciços de trigo" ao país sul-americano, para ajudar “o governo venezuelano a enfrentar os desafios humanitários atuais". A Venezuela se encontra imersa na pior crise política e econômica de sua história, marcada pela hiperinflação e pela escassez de produtos de primeira necessidade.

Intervenção militar disfarçada

O chefe da oposição, Juan Guaidó, prometeu e tentou fazer a ajuda humanitária passar as fronteiras de seu país, mas sem sucesso por causa dos confrontos com as forças armadas, leais a Maduro, que protegem os pontos de acesso.

Lavrov disse que era “inadmissível” a politização da ajuda humanitária. Ele afirmou que o imbróglio deveria ser resolvido pelas “práticas internacionais” e não poderia servir como forma de mobilização da opinião pública para “justificar desejos intervencionistas”.

Na semana passada, Moscou já havia acusado os Estados Unidos de usarem a ajuda humanitária como pretexto para uma “ação militar”. “Aos olhos de todo o mundo se desenvolve uma campanha cínica com o objetivo de acabar com o governo legítimo da Venezuela”, afirmou Serguei Lavrov.

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