Bombardeios matam cerca de 50 combatentes pró-regime na Síria
Pelo menos 52 combatentes pró-regime foram mortos por bombardeios na noite de domingo (17) na Síria, numa base de Damas, perto da região de al-Hari, leste do país, de acordo com o Observatório dos Direitos Humanos. A agência oficial síria Sana atribuiu as mortes à coalizão internacional de luta contra os jihadistas na Síria sob a direção de Washington, mas os Estados Unidos negaram.
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Entre os combatentes estavam 30 iraquianos e 16 sírios. O ataque é um dos mais violentos contra Damas até hoje. As Forças Democráticas Sírias (FDS), que recebem apoio dos Estados Unidos, e as forças governamentais, sustentadas pela Rússia, agem intensamente na região contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Ainda que a coalizão americana negue o ataque, ela confirmou o ocorrido e declarou que “foram mortos vários combatentes da Kataëb Hezbollah” – milícia xiita iraquiana patrocinada pela República Islâmica do Irã, aliada de Damas. De acordo com o correspondente da RFI em Beirute, entre as vítimas também se encontravam iranianos, libaneses e afegãos.
Região é palco de conflitos
A região de al-Hari é palco de violentos conflitos entre as tropas pró-governo sírio e combatentes do grupo Estado Islâmico. Os jihadistas, expulsos dessa área, tomaram posse dos bairros periféricos de Boukamal, mas foram igualmente rechaçados pelo exército sírio.
Para a agência oficial síria Sana, a culpada pelos ataques é a coalizão americana. O exército sírio e seus aliados são regularmente alvo de ataques no leste do país, que quase nunca são reivindicados. As tropas de Damas controlam terras situadas a oeste do rio Eufrates, enquanto as FDS combatem os membros do EI na parte leste, mais próxima do Iraque.
Os dois campos tentam evitar o conflito, mas desde abril a área tem sido terreno de confrontos. Antes do ataque desta segunda-feira, doze combatentes perderam a vida em uma ofensiva aérea também atribuída à coalizão americana – e igualmente negada pelo Pentágono.
Em fevereiro, no entanto, Washington reconheceu ter matado 100 combatentes pró-regime, incluindo cinco russos, de acordo com Moscou. Em setembro de 2016, após uma ofensiva que deixou mais de 60 soldados sírios mortos, a coalizão também admitiu tê-los confundido com jihadistas.
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