Para presidente sul-coreano, ainda é cedo para cúpula com líder de Pyongyang
Para o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ainda é muito cedo para considerar uma cúpula com a Coreia do Norte, apesar da aproximação propiciada pelos Jogos Olímpicos de Inverno. "Há grandes esperanças para uma cúpula Norte-Sul, mas creio que seja um pouco precipitado", declarou o presidente aos jornalistas em Pyeongchang, durante uma visita neste sábado (17) ao centro de imprensa.
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O líder norte-coreano, Kim Jong-un, fez uma ofensiva diplomática para quebrar o isolamento de seu regime. Ele enviou aos Jogos de Pyeongchang sua irmã Kim Yo-jong, primeira da dinastia a pisar em solo sul-coreano desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).
Kim Yo-jong transmitiu oficialmente ao presidente sul-coreano um convite do líder norte-coreano para que visite Pyongyang. Segundo analistas, essa estratégia de aproximação busca perturbar as relações entre Seul e Washington, assim como enfraquecer a determinação da comunidade internacional.
Na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos, Pyongyang organizou um desfile militar para celebrar o 70º aniversário de seu Exército, exibindo mísseis balísticos intercontinentais.
Coreia do Norte abre portas para canções sul-coreanas
Em outro sinal de degelo das relações com Seul, a Coreia do Norte autorizou, pela primeira vez em décadas, a interpretação em público de canções sul-coreanas. Um grupo norte-coreano "interpretou várias canções do Sul" durante uma apresentação realizada na sexta-feira (16) em Pyongyang para autoridades do partido único norte-coreano e para artistas, relatou a agência de notícias oficial KCNA.
Membros da Orquestra Samjiyon, cantores e músicos festejavam, com essa atuação, seu retorno ao país após terem dado dois concertos na Coreia do Sul: um em Gangneung, perto de Pyeongchang, e outro, em Seul.
Os membros da Orquestra Samjiyon viajaram à Coreia do Sul com centenas de atletas e animadoras de torcida para os Jogos Olímpicos de Inverno. Durante a visita excepcional, eles interpretaram canções tradicionais conhecidas em ambos os lados da fronteira, como "Arirang", assim como canções populares no Sul nos anos 1990 e início dos anos 2000.
Em seus dois concertos sul-coreanos, o grupo se apresentou com todas as entradas vendidas. Cerca de 120 mil pessoas tentaram comprar um dos mil lugares disponíveis em Seul.
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