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Coreia do Norte/Coreia do Sul

Coreia do Norte quer enviar 200 animadoras de torcida para Jogos de Inverno no Sul

A Coreia do Norte deve enviar mais de 200 animadoras de torcida para as Olimpíadas de Inverno da Coreia do Sul, que acontecem em Pyeongchang, a partir de 9 de fevereiro. Os norte-coreanos também querem participar dos Jogos Paralímpicos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (17), depois de uma nova reunião entre os representantes das delegações dos dois países em Panmunjom, na fronteira entre as duas Coreias.

Representantes das duas Coreias se encontram em reunião sobre os Jogos Olímpicos de Pyeongchang
Representantes das duas Coreias se encontram em reunião sobre os Jogos Olímpicos de Pyeongchang Yonhap via REUTERS
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Segundo o Ministério sul-coreano da Unificação, Pyongyang deverá enviar 230 animadoras de torcida às Olimpíadas. Na segunda-feira (15), os dois países já haviam decidido a participação de uma orquestra norte-coreana de 140 membros, que se apresentará em Seul e outras cidades. Hoje também foi anunciado que os países desfilarão juntos sob uma bandeira única, favorável a sua reunificação, durante a cerimônia de abertura dos Jogos.

Os sul-coreanos também propuseram formar uma equipe comum de hóquei no gelo e realizar aparições conjuntas nas cerimônias de abertura e fechamento. As propostas, entretanto, geraram polêmica no país, e várias petições foram publicadas na Internet pedindo ao governo que desista do projeto. Os textos defendem que o esporte não deve ser misturado à política.

Na semana passada, a Coreia do Norte aceitou enviar uma delegação de atletas de alto nível e de artistas às Olímpiadas sul-coreanas. Seul espera que o evento esportivo sirva para apaziguar a tensão entre os dois países, que cresceu com o desenvolvimento de novas armas nucleares e balísticas por Pyongyang. Seul quer que as Olimpíadas sejam os “Jogos da Paz”, que permitiram uma retomada de diálogo inédita entre o Norte e o Sul.

“As relações entre as Coreias estão tensas há mais de dez anos”, lembrou o chefe da delegação norte-coreana Jon Jong-Su, no início das conversas na cidade de Panmunjom. Situada na fronteira comum, foi nesse vilarejo que foi assinado o cessar-fogo da guerra entre as duas Coreias, em 1953. Todas as questões discutidas serão levadas ao Comitê Olímpico Internacional, que deverá autorizar a participação dos atletas norte-coreanos na competição.

EUA querem endurecer interdição marítima

Apesar da retomada do diálogo entre as duas Coreias, os Estados Unidos e 19 países aliados concordaram nesta terça-feira (16) em endurecer a "interdição marítima" contra a Coreia do Norte para evitar que Pyongyang se livre das sanções impostas por seu programa nuclear. Depois de uma reunião do grupo de Vancouver, o secretário americano de Estado, Rex Tillerson, destacou que os aliados não desejam interferir no transporte marítimo legítimo, mas devem adotar medidas para evitar a transferência de mercadorias entre navios em alto mar.

Os Estados Unidos e seus aliados buscavam em Vancouver endurecer as sanções contra a Coreia do Norte, mesmo sem a participação fundamental da China. Os ministros das Relações Exteriores de 20 nações, presididos por Tillerson e a representante canadense, Chrystia Freeland, iniciaram as conversas na segunda-feira (15) sobre a crise causada pelos programas de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte.

Nesta terça-feira, Tillerson pediu à China e à Rússia, outro país ausente, que implementem todas as sanções adotadas pela ONU contra Pyongyang. "Devemos aumentar a pressão até que a Coreia do Norte venha a uma mesa de negociações crível", cujo objetivo será "a eliminação completa, verificável e irreversível" das armas nucleares.

Em uma conversa por telefone na terça-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, disse a Trump que a situação na península vive atualmente "uma evolução positiva", em referência ao diálogo entre as duas Coreias. Xi declarou que "todas as partes têm que unir seus esforços para que perdure a distensão atual, que não foi alcançada facilmente e criou as condições necessárias para retomada das conversas de paz".

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