Taiwan recebe exposição inédita sobre Einstein sob forte esquema de segurança
Pela primeira vez, o manuscrito da teoria da relatividade e 75 peças de arquivos de Albert Einstein deixaram a Universidade Hebraica de Jerusalém em direção ao Extremo Oriente. De acordo com a universidade, os documentos foram emprestados para a exposição "Albert Einstein: uma vida em quatro dimensões", que será aberta nesta sexta-feira (12), na cidade de Taipei, em Taiwan.
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Os pertences do cientista foram transferidos sob um forte esquema de segurança, que contou com carros blindados para evitar possíveis roubos. Dois anos de negociações foram necessários para a realização dessa preciosa mostra.
Entre os documentos expostos, estão a medalha do Prêmio Nobel de Física que o cientista recebeu em 1921, sua coleção de discos de vinil, e várias cartas que Einstein escreveu para Sigmund Freud, para seus amigos e para as mulheres que ele amou.
Legado do gênio
Albert Einstein foi um dos fundadores da Universidade Hebraica. Em seu testamento, ele deixou para a instituição o legado de todos os seus escritos, seu patrimônio intelectual, o direito de imagem, incluindo a famosa foto do físico com a língua para fora.
"Praticamente tudo o que é apresentado na mostra é autêntico, exceto o cachimbo centenário de Einstein, que é considerado muito frágil para ser transportado. Enviamos uma cópia", disse uma porta-voz da universidade à AFP.
A exposição fica em cartaz em Taiwan até 8 de abril, e depois segue para a China e Japão.
Algumas das peças da coleção Einstein já foram exibidas no exterior, como nas cidades americanas de Washington e Los Angeles. "Mas essa é a primeira vez que um acervo tão grande foi apresentado no exterior", acrescentou a porta-voz.
Einstein recusou uma possibilidade de se tornar o primeiro presidente do Estado de Israel. "Israel é intelectualmente vivo e interessante, mas tem possibilidades muito limitadas. Ir para lá com a intenção de sair na primeira oportunidade seria lamentável", explicou o físico em uma de suas cartas.
Einstein era um membro não-residente da Universidade Hebraica de Jerusalém até sua morte, em 1955.
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