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Ataque contra igreja no Cairo deixa nove mortos

Nove pessoas foram mortas nessa sexta-feira (29) num ataque jihadista contra uma igreja copta no Cairo. A minoria cristã tem sido alvo de terroristas desde o começo do ano no Egito, segundo as autoridades.

Fieis coptas durante uma missa, antes da visita do Papa Francisco, no Cairo, Egito, em abril de 2017.
Fieis coptas durante uma missa, antes da visita do Papa Francisco, no Cairo, Egito, em abril de 2017. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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O ataque contra o templo de São Menas em Helwan, no sul do Cairo, não foi reivindicado, mas os coptas já sofreram dois atentados reconhecidos pelo grupo Estado Islâmico nesse ano, fazendo no total 70 mortes.

O porta-voz do Ministério da Saúde Khaled Megahed afirmou que o jihadista matou nove pessoas e feriu várias outras antes de ser capturado pela polícia.

O homem estava armado de fuzis, munições e uma bomba que seria usada para explodir a igreja. Ele matou duas pessoas ao abrir fogo contra uma loja e em seguida se dirigiu ao templo, onde assassinou outras sete. Cinco agentes de segurança ficaram feridos.

Ataques recorrentes

Em imagens compartilhadas nas redes sociais, podemos ver o terrorista caído no chão, vestido com um sobretudo carregado de munições. Desde dezembro de 2016, dezenas de cristãos, coptas em sua maioria, foram mortos em atentados contra igrejas, na península do Sinai, no leste, e em outras regiões do país.

No dia 11 de dezembro do ano passado, um atentado suicida reivindicado pelo grupo Estado Islâmico contra a igreja copta de São Pedro e São Paulo deixou 29 mortos. Em abril de 2017, 45 pessoas foram assassinadas em dois ataques suicidas, também reconhecidos pela organização, na Alexandria, segunda maior cidade do país, e em Tanta, no norte.

Após tantas incidências, o presidente Abdel Fattah Al-Sissi decretou estado de emergência, que foi renovado desde então. Os jihadista não deixam de fazer ameaças de novos ataques contra a minoria copta no Egito.

Minoria sem voz

Os coptas, em sua imensa maioria ortodoxos, constituem a maior comunidade cristã do Oriente Médio e uma das mais antigas. Eles compõem 10% dos 96 milhões de habitantes e estão presentes em todo o país, mas se sentem pouco representados no governo e marginalizados na sociedade.

Desde 2013 e após a destituição, pelas forças armadas, do presidente islamista Mohamed Morsi, os jihadistas não cessam de se manifestar contra as forças de segurança, principalmente no norte do Sinai. Vários policiais e soldados, além de civis, perderam a vida nesses ataques.

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