Coreia do Norte celebra teste de bomba H com desfile e fogos
A Coreia do Norte organizou uma grande festa, na quarta-feira (6), para homenagear os cientistas que trabalharam no teste nuclear realizado no final de semana passado, que incluiu queima de fogos e um desfile pelas ruas de Pyongyang.
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Os moradores de Pyongyang foram às ruas para aplaudir os cientistas, que se deslocavam em ônibus. Milhares de pessoas se reuniram na praça Kim Il Sun para celebrar os esforços com o programa nuclear. A agência oficial KCNA se referiu ao teste como "uma prova bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio para um ICBM (míssil balístico intercontinental)".
Na celebração, os oradores explicaram que o exército norte-coreano "vai acabar com o destino dos imperialistas americanos criminosos mediante ataques preventivos mais fortes e sem piedade", caso persista a ameaça "das hordas de traidores".
ONU vota novas sanções na segunda-feira
O tom da comunidade internacional contra a Coreia do Norte se acirrou desde domingo (3), quando o país informou ter testado uma bomba H miniaturizada.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente sul-coreano, Moon Jae In, fizeram um apelo nesta quinta-feira (7) ao presidente russo, Vladimir Putin, por novas sanções contra o governo norte-coreano. A Rússia insiste na necessidade de dialogar com Pyongyang e bloqueia as tentativas de penalizar ainda mais o regime totalitário no Conselho de Segurança da ONU.
A China, principal aliada da Coreia do Norte, afirmou ser a favor de um reforço das sanções. A votação no Conselho de Segurança está programada para segunda-feira (11). De outro lado, Pequim defende que as partes envolvidas no conflito mantenham a porta aberta para um diálogo.
Os Estados Unidos querem que a ONU aplique um embargo petroleiro à Coreia do Norte e congele os ativos de seu líder, Kim Jong Un, em resposta ao sexto e mais potente teste nuclear realizado por Pyongyang.
O projeto de resolução, redigido pelos Estados Unidos, também defende a proibição das exportações de têxteis e a suspensão dos pagamentos a trabalhadores norte-coreanos no exterior, privando ainda o regime de receitas para prosseguir com seus programas militares.
Europeus estudam medidas de retaliação complementares
A União Europeia (UE) também estuda novas sanções contra Pyongyang. A chefe da diplomacia do bloco, Federica Mogherini, disse hoje que "a linha europeia é muito clara nesse sentido: mais pressão econômica, mais pressão diplomática e unidade com nossos sócios regionais e internacionais", explicou. Também pediu que "se evite uma espiral de confrontação militar que pode ser extremamente perigosa, não apenas para a região, mas para o mundo inteiro".
A UE já aplica uma longa lista de sanções determinadas pela ONU ou pelo próprio bloco. Agora, os europeus querem estendê-las a setores como o petróleo ou a pesca, para evitar que Pyongyang continue financiando seu programa nuclear.
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