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Afeganistão

Quatro mortos: polícia afegã reprime protesto com violência

Quatro pessoas morreram nesta sexta-feira (2) quando a polícia afegã abriu fogo para dispersar centenas de manifestantes que tentavam se aproximar do palácio presidencial de Cabul para exigir a renúncia do governo após o atentado de quarta-feira (31) que deixou 90 mortos.

Confronto entre policiais e manifestantes provoca quatro mortes em Cabul.
Confronto entre policiais e manifestantes provoca quatro mortes em Cabul. REUTERS/Mohammad Ismail
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"Nas manifestações de hoje, quatro pessoas morreram e oito ficaram feridas", afirmou à AFP o porta-voz do ministério da Saúde, Waheed Majrooh.

O descontentamento aumenta no Afeganistão desde o ataque com caminhão-bomba que também deixou centenas de feridos no bairro diplomático ultraprotegido da capital afegã. Esse foi o atentado mais violento em Cabul desde 2001.

Os manifestantes, alguns com pedras nas mãos, se reuniram no local da explosão de quarta-feira, gritaram frases contra o governo, além de "morte aos talibãs". A polícia respondeu com tiros e gás lacrimogêneo, além de jatos de água quando os manifestantes tentaram superar o cordão de isolamento.

"Carnificina"

"Nossos irmãos e irmãs morreram no ataque sangrento de quarta-feira e nossos dirigentes não fazem nada para acabar com a carnificina", acusou a ativista Rahila Jafari. "Queremos justiça, queremos que os autores do ataque sejam enforcados", completou.

Alguns manifestantes, furiosos, afirmaram que os protestos devem prosseguir até a renúncia do presidente Ashraf Ghani e do primeiro-ministro Abdullah Abdullah.

O serviço de inteligência afegão acusou a rede Haqqani, um grupo armado vinculado aos talibãs e responsável por muitos ataques contra as forças estrangeiras e locais no Afeganistão, de executar o atentado. Os talibãs negaram qualquer envolvimento com o ataque.

Execuções

O presidente Ghani pode ordenar em breve a execução de 11 prisioneiros talibãs que pertencem à rede Haqqani.
Várias pessoas continuam desaparecidas após o ataque de quarta-feira. As autoridades afirmaram que alguns corpos talvez nunca sejam identificados.
 

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