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Ataque atribuído a Israel provoca grande explosão perto de Damasco

A grande explosão registrada nesta quinta-feira (27), perto do aeroporto de Damasco, foi provocada por disparos de mísseis israelenses contra uma "posição militar", acredita a agência oficial síria Sana. O ministro israelense da Inteligência, Israel Katz, afirmou que o suposto ataque era "coerente" com a política israelense, mas sem confirmar a responsabilidade de seu país. O ataque não deixou vítimas.

Suposta imagem da explosão perto de Damasco nesta quinta-feira, 27 de abril de 2017, trasmitida pela internet.
Suposta imagem da explosão perto de Damasco nesta quinta-feira, 27 de abril de 2017, trasmitida pela internet. Social Media Website via Reuters
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"Uma posição militar ao sudoeste do aeroporto internacional de Damasco foi alvo ao amanhecer de uma agressão israelense com vários mísseis disparados a partir dos territórios ocupados (por Israel), provocando explosões", anunciou a agência, que citou uma fonte militar. Os disparos provocaram "danos materiais", indicou a Sana, sem explicar se o alvo era uma posição do exército sírio.

A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) detalhou, no entanto, que um depósito de munições, muito provavelmente pertencente ao Hezbollah libanês, que luta ao lado do regime sírio, explodiu nas proximidades do aeroporto internacional, que fica a 25 km de Damasco.

O grupo xiita libanês, um dos grandes inimigos do Estado hebreu, também culpa Israel pelo ataque. De acordo com a Al-Manar, emissora de televisão do Hezbollah, a explosão aconteceu de madrugada "em vários depósitos de combustível e um armazém do aeroporto internacional de Damasco e, provavelmente, foi provocada por um ataque aéreo israelense".

Segundo ataque em quatro dias

Caso o envolvimento de Israel seja confirmado este seria o segundo ataque em quatro dias do país contra alvos na Síria. "As informações preliminares indicam que o ataque provocou apenas danos materiais, sem vítimas", completou a Al-Manar, sem especificar se o armazém pertencia ao Hezbollah, ao exército ou a outro grupo pró-regime.

No domingo, três milicianos leais ao regime sírio morreram em um bombardeio israelense contra um acampamento na localidade de Quneitra, nas Colinas de Golã. O exército israelense também se negou a comentar a informação.

Desde o início em 2011 do conflito na Síria, Israel bombardeou alvos no país vizinho, em especial contra comboios de armas destinadas ao Hezbollah. O governo israelense está preocupado com a presença na Síria do grupo xiita libanês, que tem o apoio do Irã, um dos grandes aliados do regime de Bashar al-Assad.

Em 2006 um conflito entre Israel e Hezbollah, o grupo armado mais poderoso do Líbano, deixou 1.200 mortos em território libanês, a maioria civis. Do lado israelense foram registradas 160 mortes, a maioria soldados.

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