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Coreia do Sul

Três anos após naufrágio, balsa começa a ser resgatada na Coreia do Sul

As equipes de resgate começaram nesta quarta-feira (22) a recuperar os destroços do ferry sul-coreano Sewol. A embarcação naufragou em 2014 matando 304 pessoas, a maioria delas estudantes do ensino médio.

Barcaças foram posicionadas na região do naufrágio para tentar resgatar a balsa.
Barcaças foram posicionadas na região do naufrágio para tentar resgatar a balsa. News1 via REUTERS
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A balsa afundou em 16 de abril de 2014 ao largo da ilha de Jindo, no sudoeste da Coreia do Sul. A embarcação está a mais de 40 metros de profundidade, e várias operações de resgate foram adiadas devido ao mau tempo. As autoridades temem que o ferry de 145 metros de comprimento quebre em vários pedaços ao ser retirado da água.

O resgate é uma das principais exigências das famílias das vítimas. Nove corpos nunca foram encontrados e ainda poderiam estar presos nos destroços. "Eu sou mãe e sinto a falta da minha filha", declarou, chorosa, Lee Keum-Hui. "Rogai por nós, para que voltemos para casa com Eun-Hwa". Como outros familiares das vítimas, Lee vive desde o naufrágio em barracos improvisados em Paengmok, o porto mais próximo.

Em uma atmosfera tensa, o pai de um desaparecido tenta assistir às operações com binóculos. "Não vamos sair daqui enquanto o Sewol não voltar à superfície", disse, sem se identificar.

Naufrágio sacudiu o governo

O naufrágio abalou o governo de Park Geun-hye, a presidente deposta após um escândalo de corrupção. Ela havia passado as primeiras horas do desastre, as mais cruciais, reclusa em sua residência, e nunca explicou o que fazia, alimentando vários boatos.

Ao destituí-la em dezembro, a Assembleia Nacional a acusou de negligência durante o naufrágio. Mas a alegação não foi aceita pelo Tribunal Constitucional, que acabou por endossar o seu impeachment por corrupção.

A tragédia, provocada por uma série de erros humanos – um espaço de carga ilegalmente redesenhado e sobrecarregado, equipe inexperiente e relações conflituosas entre o operador e as autoridades reguladoras – chocou o país.

A balsa levou três horas para afundar, mas aqueles que estavam a bordo não receberam ordem de evacuação. O capitão, Lee Jun-Seok, foi condenado à prisão perpétua por "homicídio por negligência" e 14 membros da tripulação foram condenados a penas de dois a 12 anos de prisão.

(Com informações da AFP)

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