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Novos bombardeios russos matam civis em Aleppo

Ao menos doze civis morreram nesta terça-feira (11) nos bombardeios russos contra a parte rebelde da cidade síria de Aleppo (norte). No sul, cinco crianças perderam a vida em um ataque rebelde.

Homem chora a perda de família depois do bombardeio de sua casa em Aleppo em 11 de outubro de 2016
Homem chora a perda de família depois do bombardeio de sua casa em Aleppo em 11 de outubro de 2016 REUTERS/Abdalrhman Ismail
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"Estes são os ataques aéreos russos mais violentos desde que o regime anunciou, em 5 de outubro, que reduziria os bombardeios na parte oriental de Aleppo", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Os bairros rebeldes de Bustan al-Qasr e Ferdus foram particularmente atingidos por estes ataques, segundo a fonte. Em resposta aos bombardeios, os rebeldes dispararam mísseis contra Hamdaniyé, bairro de Aleppo sob controle governamental, com um saldo de quatro mortos.

Desde o dia 22 de setembro passado, as forças pró-governamentais - com o apoio aéreo de seu aliado russo - avançam tentando retomar os bairros do leste da cidade, sob o controle dos rebeldes desde 2012. Na cidade de Deraa, no sul do país, sob controle governamental, cinco crianças morreram em uma escola primária depois que um míssil caiu sobre o edifício, segundo os meios de comunicação oficiais e o OSDH, que também informou que 25 pessoas ficaram feridas. O saldo pode aumentar, segundo o Observatório, já que alguns feridos estão em estado crítico.

Putin cancela viagem a Paris

Os grupos rebeldes controlam a maior parte da província meridional de Deraa, mas não a capital da região, considerada o berço da revolução que explodiu em 2011, nas mãos do governo.

Há um ano, a Rússia lançou uma campanha militar de grande porte para socorrer o regime de Damasco, que estava em dificuldades diante dos rebeldes e dos extremistas. Desde então, o exército reconquistou muitos territórios perdidos mas, para Damasco, a reconquista de Aleppo continua sendo o principal objetivo.

Depois da França acusar de crimes de guerra os ataques em Aleppo, o presidente russo, Vladimir Putin, cancelou hoje sua visita prevista para 19 de outubro a Paris, para inaugurar um centro espiritual ortodoxo. A vinda de Putin incomodava o presidente François Hollande, que na semana passada fracassou em sua tentativa de negociar um cessar-fogo para Aleppo. Seu projeto de resolução ante o Conselho de Segurança foi vetado pela Rússia.

Também nesta terça-feira, o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, pediu que sejam feitas manifestações diante da embaixada russa em protesto pelos bombardeios na Síria. "Realmente gostaria de ver manifestações em frente à embaixada russa", afirmou Johnson durante um debate parlamentar sobre a situação em Aleppo. Ele criticou ainda as organizações pacifistas que encheram as ruas de Londres contra a guerra no Iraque. "Não parece que haja um sentimento de horror proporcional entre esses grupos contra a guerra".
 

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