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Síria

Ocidentais criticam na ONU a participação da Rússia na guerra da Síria

Os países ocidentais emitiram duras críticas contra a Rússia durante a reunião de emergência realizada no Conselho de Segurança da ONU neste domingo (25). Os participantes do encontro contestam a participação de Moscou no conflito sírio.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, fez as críticas mais duras contra a Rússia durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, fez as críticas mais duras contra a Rússia durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU REUTERS/Andrew Kelly
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O papel da Rússia na guerra na Síria foi um dos principais temas da reunião realizada a pedido da França, Reino Unido e Estados Unidos, após uma semana de discussões sem nenhuma solução concreta. Paris, por meio do embaixador François Delattre, denunciou os “crimes de guerra” cometidos em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, e declarou que esses atos “não devem ficar impunes”. O diplomata acusou o regime de Damasco, que conta com o apoio de Moscou, de aproveitar as lentas negociações para continuar a ofensiva militar.

Já o embaixador britânico Matthew Rycroft denunciou “violações flagrantes das leis internacionais” em Aleppo, e chegou a cogitar a possibilidade de recorrer à Corte Penal Internacional. A última tentativa do Conselho de Segurança da ONU de acionar a instância foi vetada pelos russos.

Washington acusa Moscou de bombardear hospitais

Os Estados Unidos foram mais diretos e afirmaram que ao "invés de buscar a paz, Rússia e Bashar al-Assad fazem a guerra.  Ao invés de ajudar a levar ajuda aos civis, Rússia e Assad bombardeiam comboios humanitários e hospitais”, declarou Samantha Powers, a representante de Washington na ONU.

“A hora chegou de dizer quem está por trás dos ataques aéreos que matam civis. Moscou tem uma cadeira permanente nas Nações Unidas e isso é um privilégio e uma responsabilidade. No entanto, na Síria e particularmente em Aleppo, a Rússia abusa desse privilégio histórico”, martelou a norte-americana.

Rússia defende ataques em Aleppo

Moscou insiste que seu apoio ao regime de Assad visa combater os “terroristas”, como o Kremlin classifica os rebeldes. “Há na Síria centenas de grupos armados, o país é bombardeado e isso torna a paz quase impossível”, argumentou o representante russo na ONU, Vitali Tchourkine.

“O que a Rússia defende e o que ela faz não é lutar contra o terrorismo, e sim uma barbárie”, retrucou Samantha Powers.

O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon pediu neste domingo às potências mundiais que façam o máximo de esforço para acalmar o conflito na Síria. "Que desculpas há para fazer algo menos do que tomar fortes medidas para deter um crime deliberado? Quanto tempo mais tempo quem tem influência permitirá que esta crueldade continue? Peço às partes envolvidas que trabalhem firmemente para pôr fim ao pesadelo", afirmou Ban.

Um cessar-fogo concluído após um acordo entre Estados Unidos e Rússia foi interrompido na semana passada quando um comboio de ajuda humanitária foi bombardeado, deixando cerca de vinte mortos.

 

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