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Faixa de Gaza vive quarto dia de conflitos com Israel

Os moradores do território palestino acordaram mais uma vez neste sábado com barulhos de explosão e temem uma escalada do conflito.  

Instalações precárias provocaram a morte de três crianças em acampamento palestino de Gaza, nesta sexta-feira, 6 de maio de 2016.
Instalações precárias provocaram a morte de três crianças em acampamento palestino de Gaza, nesta sexta-feira, 6 de maio de 2016. REUTERS/Mohammed Salem
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A aviação israelense atacou posições do Hamas no sul da Faixa de Gaza, em resposta ao disparo de um foguete pelo movimento palestino contra Israel. Os confrontos são os mais graves desde o conflito devastador na Faixa de Gaza em 2014, que deixou 251 mortos e terminou com um frágil cessar-fogo.

Embora os confrontos já tenham deixado um morto, uma palestina de 54 anos assassinada na quinta-feira (5) por disparos de um tanque israelense, especialistas concordam que nenhuma das partes deseja uma nova guerra. No entanto, os dois grupos se reservam o direito de réplica. Ismail Haniyeh, chefe do movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, conta com um braço armado de 20 a 30 mil soldados, advertiu que responderá a qualquer incursão de tropas israelenses na região. O exército israelense, por outro lado, diz estar determinado a combater "o plano diabólico do Hamas de querer se infiltrar nas comunidades israelenses".

Pressionado pela iminente publicação de uma auditoria sobre sua atuação nesta última guerra, um documento que, segundo a imprensa internacional, é muito desfavorável ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu insiste que seu país não deseja uma escalada do conflito militar em Gaza.

Túneis e escavações

O exército israelense mobilizou perfuradoras ao longo da fronteira com Gaza, e realiza escavações em uma faixa de 100 metros ao longo de sua fronteira, na tentativa de identificar túneis que sirvam aos combatentes palestinos para se infiltrarem no país.

Em Gaza, os habitantes armazenam alimentos e tentam enfrentar um novo período de dificuldades na região,  submetida a penúrias de forma crônica pelo bloqueio israelense que já dura uma década.

Segundo fontes médicas e bombeiros de Gaza, um drama atingiu o campo de refugiados de Chati, onde três crianças de quatro a seis anos morreram quando a vela que utilizavam para iluminar sua casa provocou um incêndio. O medo provocado pelas precárias instalações e as penúrias da vida cotidiana se somam agora ao medo dos bombardeios aéreos israelenses, diários desde a última quarta-feira (4).
 

 

 

 

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