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Síria

Grupo EI é cercado por forças sírias e russas em Palmira

O exército sírio, com ajuda das forças russas e combatentes xiitas do Hezbollah libanês, fecham o cerco aos jihadistas do grupo Estado Islâmico em Palmira, na Síria, neste sábado (26). Desde maio de 2015, os extremistas ocupam essa cidade estratégica no centro do país, tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Soldados sírios monitoram os movimentos dos combatentes do grupo Estado Islâmico em Palmira.
Soldados sírios monitoram os movimentos dos combatentes do grupo Estado Islâmico em Palmira. AFP
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As forças do regime sírio lançaram no dia 7 de março uma vasta ofensiva para retomar Palmira das mãos do grupo Estado Islâmico. Na quinta-feira (24), as tropas de Bashar al-Assad conseguiram se infiltrar na cidade. Na manhã deste sábado, o exército sírio, com o apoio dos russos e os xiitas do Hezbollah, cercavam os jihadistas em Palmira.

A televisão estatal indica que violentos combates entre os soldados sírios e integrantes do grupo Estado Islâmico acontecem também no sul da cidade, enquanto as forças sírias avançavam para dentro de Palmira. Confrontos também foram registrados no aeroporto à leste da localidade. "Podemos dizer que cercamos o grupo Estado Islâmico por todos os lados", declarou um oficial sírio.

Segundo um jornalista da AFP, o setor das ruínas antigas de Palmira está completamente deserto. Os jihadistas teriam instalado minas terrestres, onde ninguém se ousaria se aventurar, relatou o repórter.

O jornalista, que está em uma colina a oeste de Palmira, também indicou que as artilharias russa e síria dispararam contra posições dos jihadistas no interior da cidade. Segundo o repórter, os combates se multiplicam em bairros residenciais do noroeste da localidade, onde os integrantes radicais se concentram.

Batalha "difícil e longa"

De acordo com um militar sírio entrevistado, "a mentalidade e estratégia de combate do grupo Estado Islâmico são diferentes de outras organizações". "Eles [os extremistas] não recuam, tornando a batalha mais difícil e longa. Além disso, os jihadistas tem homens-bomba e equipamentos sofisticados", reiterou.

Segundo ele, os militares russos estão "ativamente envolvidos" na batalha de Palmira. "Eles combatem diretamente por terra, com seus aviões e também cuidam de interceptar comunicações entre os combatentes do EI", explicou. No entanto, "os bombardeios diminuíram em grande parte porque agora trata-se de uma batalha na cidade, e cabe às artilharias russa e síria entrar em ação".

"Se vencermos, seria a primeira grande derrota infligida pelo exército ao Daesh", disse o militar. "Daria confiança aos soldados para enfrentar os jihadistas e preparar-se para a batalha de Raqa", a capital do "califado" autoproclamado pelo EI em territórios controlados na Síria e no Iraque.

Pentágono quer fortalecer apoio militar no Iraque

Enfrentando o mesmo inimigo, mas no outro lado da fronteira, o Pentágono irá propor "nas próximas semanas" ao presidente norte-americano Barack Obama de fortalecer o apoio militar dos Estados Unidos às forças iraquianas, indicou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Joe Dunford.

"O secretário de Defesa e eu acreditamos que haverá um aumento das forças americanas no Iraque, mas nenhuma decisão foi tomada", disse ele. Segundo ele, trata-se de definir os meios a serem mobilizados para "facilitar" a retomada de Mossul, a segunda maior cidade do país, pelas forças iraquianas.

O Pentágono também revelou nesta semana a presença no norte do Iraque de uma posição de artilharia com quatro canhões de 155 milímetros e 200 Marines. Estas armas foram utilizadas nos últimos dias, em apoio às tropas iraquianas na região, reconheceu o general Dunford.

Os Estados Unidos enviaram oficialmente 3.870 soldados no Iraque. Mas, segundo a imprensa, o número real de militares norte-americanos ao país é muito maior, próximo de 5 mil.

(Com informações da AFP)

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