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Turquia/Atentado

Turquia acusa curdos por atentado que deixou 28 mortos em Ancara

O governo turco atribuiu nesta quinta-feira (18) a responsabilidade do atentado suicida ocorrido ontem (17) em Ancara ao PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, e a uma milícia curda da Síria infiltrada na Turquia. A explosão do carro-bomba deixou 28 mortos e mais de 60 feridos. Tanto o PKK, quanto o Partido de União Democrática (PYD), o principal partido curdo da Síria, negaram qualquer envolvimento no ataque.

A polícia cercou o local do atentado de ontem (17), no centro de Ancara.
A polícia cercou o local do atentado de ontem (17), no centro de Ancara. REUTERS/Umit Bektas
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Segundo o primeiro-ministro turco, Ahmet Davotuglu, o atentado no centro da capital foi cometido por um sírio de 23 anos. O kamikaze foi identificado pelas impressões digitais recolhidas quando atravessou a fronteira turca com um grupo de migrantes. "O nome do autor do atentado é Salih Necar que nasceu em 1992 na cidade de Amuda, ao norte da Síria. A organização terrorista (PKK, ndr) e as Unidades de Proteção Popular (YPG, milícias curdas da Síria), cometeram em conjunto este ataque", afirmou o chefe de Governo. Nove pessoas foram detidas para investigação.

O ataque, que visou um ônibus transportando militares, não foi reivindicado. O PKK negou participação no ataque. "Não sabemos quem cometeu, mas pode ter sido uma resposta às matanças da Turquia no Curdistão", disse um dos líderes do PKK, Cemil Bayik, citado pela agência pró-curda Firat. O líder do principal partido curdo da Síria, o Partido de União Democrática (PYD), Saleh Muslim, também negou à AFP qualquer participação. "Desmentimos qualquer envolvimento no atentado de Ancara. Estas acusações da Turquia estão claramente vinculadas a uma tentativa de intervir na Síria", disse.

Novo atentado no sudoeste da Turquia

Na manhã desta quinta-feira, um novo ataque, no sudoeste da Turquia de maioria curda, matou seis soldados. O atentado que visou um comboio militar na província de Diyarbakir, também foi atribuído pelo governo ao PKK.

Desde o último sábado (13), a artilharia turca bombardeia diariamente as posições no norte da Síria das YPG, que aproveitaram a ofensiva das forças do regime de Damasco na província de Aleppo (norte) para assumir o controle de novos territórios próximos da fronteira turca. A ofensiva turca coloca em risco o cessar-fogo negociado na sexta-feira (12) pelos países que integram a coalizão internacional antijihadista na Síria e que deveria entrar em vigor nesta semana.
 

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