Tóquio, Seul e Pequim alertam Coreia do Norte sobre testes nucleares
Japão, Coreia do Sul e China se somaram nesta quarta-feira (3) aos EUA e alertaram a Coreia do Norte para as consequências do eventual disparo de um míssil balístico, semanas após Pyongyang realizar seu quarto teste nuclear.
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A Coreia do Norte informou na terça-feira (2) a três agências da ONU que lançará um foguete para colocar um satélite em órbita entre 8 e 25 de fevereiro. Pyongyang insiste que se trata de um programa espacial de caráter exclusivamente científico, mas a comunidade internacional considera que os lançamentos são testes encobertos de mísseis balísticos.
O anúncio ocorre num momento em que as Nações Unidas preparam uma resolução para endurecer as sanções contra a Coreia do Norte, após o anúncio de que havia realizado em 6 de janeiro passado seu quarto teste de uma bomba nuclear.
Um lançamento desse tipo teria "consequências reais" e seria "um argumento mais forte em favor de uma ação do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou o secretário de Estado americano adjunto para a Ásia, Danny Russel, afirmando que isso pode se traduzir em "duras sanções suplementares".
China adverte sobre ações que podem aumentar tensão na região
A China também expressou profunda inquietação sobre os planos norte-coreanos. O porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, pediu que Pyongyang evite "ações que possam conduzir a uma escalada das tensões na península coreana".
O governo japonês reagiu com rigidez. "Se insistir em realizar o lançamento, a Coreia do Norte vai violar resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e isso será uma séria provocação", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe ante o parlamento.
O ministério japonês da Defesa emitiu posteriormente uma ordem para destruir o míssil "se ficar confirmado que cairá sobre o território japonês".
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