Quarta Revolução Industrial vai tirar milhões de empregos, alerta estudo
Um estudo publicado nesta segunda-feira (18) pelo World Economic Forum (WEF), que organiza o tradicional Fórum Econômico Mundial de Davos, constata que as novas tecnologias digitais e a impressão 3D podem causar a perda de 5 milhões de empregos nos próximos 5 anos, nas principais potências mundiais e emergentes.
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O estudo explica que depois da Primeira Revolução Industrial ( máquina a vapor), da Segunda (eletricidade e cadeia produtiva) e da Terceira (eletrônica e robótica), o próximo grande marco, definido no documento como a Quarta Revolução Industrial, deve combinar diversos fatores da Internet que transformarão radicalmente a economia nos países mais ricos.
"A Quarta Revolução industrial provocará grandes perturbações, não somente no modelo dos negócios como também no mercado do trabalho nos próximos cinco anos", diz o relatório do World Economic Forum. Entre os fatores relevantes nessa transformação destaca-se a impressão de objetos (impressão 3D), em plena evolução, e o Big Data, além dos drones.
O que é Big Data?
O termo Big Data é relativamente novo mas já é indispensável na linguagem da Tecnologia da Informação (TI). Para entender, imaginem a quantidade e a variedade de dados que milhares de governos, universidades e empresas como bancos, operadoras de telecomunicações ou serviços de busca on-line, por exemplo, geram e armazenam todos os dias. Essa quantidade imensa de informações, se utilizada correta e rapidamente, pode ser aproveitada para se conseguir os melhores resultados possíveis. Ou seja, Big Data é o termo que descreve esse imenso volume de dados, mas o fundamental não é "quanto" mas "como" as empresas usam os dados. E é analisando o Big Data que as empresas obtêm informações que as levam a tomar as decisões e estratégias mais frutuosas.
Quanto à impressão 3D, uma verdadeira revolução em todos os campos - da arte à medicina - consiste em um processo de sobreposição de camadas em terceira dimensão que leva à construção de objetos, alimentos, armas e até membros do corpo para implantar em amputados, como aconteceu recentemente na França, onde um menino recebeu uma nova mão construída por impressão 3D. Drones e impressoras 3D também são utilizadas hoje na agricultura.
Empregos ameaçados
Essas mudanças, calcadas na substituição da mão de obra pelas máquinas e por novas tecnologias, desencadearão a perda de mais de 5 milhões de empregos nos quinze países mais desenvolvidos e emergentes do mundo, afirma o relatório do World Economic Forum, que cita o Brasil como um dos grandes afetados, ao lado dos Estados Unidos, Alemanha, França e China, entre outros.
"Sem uma ação urgente e dirigida para administrar essa transição a médio prazo, e a criação de uma mão de obra especializada no futuro, os governos enfrentarão um desemprego em alta constante e as desigualdades decorrentes", alerta Klaus Schwab, presidente e fundador do Forum.
O estudo estima que 52% de homens e 48% de mulheres ficarão sem trabalho até 2021. "Mas como as mulheres constituem uma parte menor do mercado de trabalho, isso significa que a distância entre os dois sexos vai aumentar no campo profissional", observa Schwab.
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