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Após novo pico de poluição, Pequim fecha fábricas temporariamente

Pequim decretou nesta sexta-feira (18) o segundo alerta vermelho por contaminação atmosférica em duas semanas, na expectativa de uma nova névoa poluente na capital chinesa. A agência de Meio Ambiente da cidade determinou o fechamento de fábricas e a adoção, a partir de sábado (19), de um sistema de rodízio.

Chineses decretaram alerta vermelho antes da chegada de nuvem de poluiçao em Pequim.
Chineses decretaram alerta vermelho antes da chegada de nuvem de poluiçao em Pequim. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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O alerta vermelho permanecerá em vigor entre sábado e terça-feira, segundo a Agência de Proteção Ambiental de Pequim. Essa é a segunda vez que o dispositivo é acionado desde a instauração de um sistema de advertência por poluição em 2013. A medida, inédita, traduz segundo muitos especialistas uma consciência por parte das autoridades sobre a importância do fenômeno do ponto de vista sanitário, além da imagem da capital chinesa no exterior.

As bandeiras vermelhas impostas pelo governo obrigam centenas de empresas a suspender suas atividades por vários dias, o que pode ter um impacto imediato na economia da região. Um sistema de rodízio para os carros particulares também foi imposto. Outras cidades localizadas ao redor de Pequim elevaram seu nível de alerta para vermelho, anunciou o Instituto Nacional do Meio Ambiente em um comunicado.

A densidade de partículas finas (PM 2,5), muito perigosas para a saúde e que provocam mortes prematuras, superou em várias ocasiões na semana passada, na capital chinesa, a marca de 300 microgramas por metro cúbico, de acordo com os níveis de referência medidos pela embaixada americana. Os números são muito superiores ao máximo de 25 microgramas por m3 para cada 24 horas, recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Primeiro alerta durante a COP21

O primeiro alerta vermelho foi anunciado em 7 de dezembro, em plena Conferência da ONU sobre o Clima (COP21), em Paris. O alarme em Pequim expôs a gravidade da situação na China, maior emissor mundial de CO2, um dos principais gases responsáveis pelo efeito de estufa. As restrições ficaram em vigor durante três dias e só foram suspensas por causa da chegada de ventos frios do norte, que dispersaram o ar tóxico.

A nuvem de poluição recorrente no norte da China, onde fica a capital, afeta cerca de 300 milhões de pessoas. Parte da responsabilidade recai sobre as dezenas de usinas de carvão operando na velocidade máxima no inverno para alimentar sistemas de aquecimento das residências e as fábricas.

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