Tunísia pena para reforçar segurança em locais turísticos
Cinco dias após o atentado que deixou 38 mortos em uma praia do sul da Tunísia, o governo tunisiano enfrenta dificuldades para reforçar a segurança nos hotéis e locais frequentados por turistas estrangeiros. Cerca de mil agentes armados deveriam trabalhar a partir desta quarta-feira (1°) em hotéis, sítios arqueológicos, museus e outras áreas frequentadas pelos turistas. Porém, um levantamento da agência AFP na capital tunisiana e arredores mostra que a presença policial continua discreta.
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Os 38 mortos no atentado em um hotel à beira mar perto de Susse (sul) foram identificados. Entre eles, figuram 30 britânicos, segundo balanço definitivo divulgado hoje pelo ministério da Saúde tunisiano. Além das 30 vítimas britânicas, morreram no ataque três irlandeses, um belga, dois alemães, um russo e um português.
O autor da ação terrorista, Saif Rezgui, um estudante universitário de 23 anos, abatido logo depois do massacre, foi treinado no manuseio de armas na Líbia, de acordo com o secretário de Estado tunisiano encarregado pela segurança nacional, Rafik Chelly. Ele tinha ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que reivindicou o ataque. "Verificamos que ele viajou para a Líbia de maneira ilegal (...). Ele recebeu treinamento em Sabratha (a oeste de Trípoli)", indicou o secretário Chelly.
A Líbia, vizinha da Tunísia, atravessa uma grave crise política e de segurança, desde a queda do ex-ditador Muammar Kadhafi, em agosto de 2011. O país está à mercê de milícias armadas islâmicas e grupos tribais que disputam o governo de Trípoli. A Líbia se tornou um refúgio para extremistas, sob influência de vários grupos criminosos armados.
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