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Coreia do Norte/ONU

ONU vai discutir pela primeira vez crimes contra a humanidade cometidos na Coreia do Norte

O Conselho de Segurança das Nações Unidas organiza nesta segunda-feira (22), pela primeira vez, uma reunião sobre a violação dos direitos humanos na Coreia do Norte. As acusações foram lançadas após a divulgação de um relatório que aponta abusos, como a prática de trabalho forçado, execuções e estupros, cometidos no país asiático.

População se curva durante cerimônia de aniversário de três anos da morte de Kim Jong Il, ex-líder da Coreia do Norte, que é acusada de violar os direitos humanos
População se curva durante cerimônia de aniversário de três anos da morte de Kim Jong Il, ex-líder da Coreia do Norte, que é acusada de violar os direitos humanos REUTERS/KCNA
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Essa não é a primeira vez que o regime de Pyongyang é criticado nas Nações Unidas. Mas até agora, o Conselho de Segurança havia sancionado os norte-coreanos apenas por causa de seus testes balísticos e nucleares. De acordo com a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, o relatório publicado em fevereiro confirma que “violações dos direitos humanos na Coreia do Norte então entre os piores do mundo”. Para a representante de Washington, os atos cometidos no país asiático são uma “ameaça para a paz e a segurança internacionais”.

Já se sabe que o Conselho dificilmente tomará uma decisão imediata, pois a China, aliada Pyongyang, vetaria qualquer tipo de sanção. Mas, a pedido dos países ocidentais, a Assembleia Geral da ONU vai solicitar ao Conselho que mobilize a Corte Penal Internacional. A instituição baseada em Haia é a única competente para julgar crimes contra a humanidade.

Acusações após escândalo envolvendo a Sony

A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas acontece em um contexto conturbado nas relações da Coreia do Norte com os ocidentais, e principalmente os Estados Unidos. Pyongyang foi acusada na sexta-feira (19) pelo FBI de ter organizado uma operação de pirataria visando a Sony Pictures. O ataque, considerado o mais grave já lançado contra uma empresa norte-americana, forçou o estúdio de cinema a desistir da distribuição do filme “The Interview”, uma sátira visando o presidente norte-coreano, Kim Jong-Un. A Coreia do Norte nega ser responsável pelo episódio.

Segundo diplomatas, o caso da Sony não deve dominar os debates na ONU, mas o escândalo poderá ser lembrado durante a fase de acusações. Dez dos 15 membros do Conselho de Segurança, entre eles os Estados Unidos, a França e o Reino Unido, solicitaram a sessão desta segunda-feira. Moscou e Pequim tentaram impedir a realização do debate. A Coreia do Norte se recusou a participar da reunião.

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