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Ucrânia/ crise

Rússia fica “indignada” com ataque que matou três separatistas na Ucrânia

A Rússia se disse hoje (20) “indignada” com um tiroteio na cidade de Slaviansk, no leste da Ucrânia, que matou três militantes pró-russos e um soldado ucraniano. Moscou denunciou uma “provocação” dos nacionalistas ucranianos, e disse que o ataque “demonstra a falta de vontade das autoridades de Kiev em desarmar os grupos extremistas”.

Carros queimados em barreira onde ocorreu o tiroteio, em Slaviansk.
Carros queimados em barreira onde ocorreu o tiroteio, em Slaviansk. REUTERS/Gleb Garanich
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O governo ucraniano havia anunciado ontem uma “trégua” de Páscoa na “operação antiterrorista” para retomar o controle de cidades do leste ocupadas por separatistas. A troca de tiros aconteceu no início da manhã deste domingo, em uma barreira de militantes pró-russos, e teria se iniciado com um ataque de nacionalistas de extrema-direita ucranianos, de acordo com Moscou.

O confronto acontece três dias após a assinatura de um acordo para tentar diminuir as tensões na região, assinado em Genebra (Suíça) por russos, ucranianos, americanos e europeus. O acerto prevê o desarmamento de “todos os grupos armados ilegais”.

A reação de Moscou ao tiroteio foi divulgada pela manhã, através de um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. “A Rússia insiste na estrita aplicação pela Ucrânia dos compromissos que ela assumiu para apaziguar a situação no sudeste da Ucrânia”, declara o texto.

O Ministério do Interior ucraniano afirma que as circunstâncias do confronto estão sendo investigadas e disse que o incidente foi protagonizado por “grupos civis”. O ministro Arsen Avakov informou, em sua página no Facebook, que está a caminho até o leste do país para verificar as tropas da Guarda Nacional instaladas na região para conter a insurreição separatista.

Extremistas de direita negam

Já os militantes do grupo Setor Direito, acusado de ter provocado o tiroteio, desmentiram estar implicados no tiroteio desta manhã. O grupo surgiu durante a ocupação da praça Maidan, em Kiev, nos protestos pedindo a saída do ex-presidente Viktor Ianukovitch. Eles acusaram as forças especiais russas de terem iniciado o conflito.

“É uma provocação e uma blasfêmia da Rússia, porque acontece durante uma noite sagrada para os cristãos, a noite de Páscoa”, declarou o porta-voz do grupo, Artem Skoropadski. “O ataque foi perpetrado pelas forças especiais russas”, acrescentou.
 

 

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