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Iraque/refugiados

Combates no oeste do Iraque fazem mais de 140 mil refugiados

Mais de 140 mil pessoas fugiram dos combates entre as forças de segurança e os rebeldes na província de Al-Anbar (oeste de Bagdá), no maior deslocamento populacional em cinco anos no país, indicou a ONU nesta sexta-feira (24). Cerca de 65 mil pessoas teriam fugido em apenas uma semana.

Mulheres e crianças deixam Ramadi e Fallujah (10/01/2014).
Mulheres e crianças deixam Ramadi e Fallujah (10/01/2014). REUTERS/Mushtaq Muhammed
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"Trata-se do maior deslocamento no Iraque desde a onda de violência entre 2006 e 2008", declarou o porta-voz da agência da ONU para os refugiados (Acnur), Peter Kessler, explicando que o balanço foi fornecido pelo governo iraquiano. "Muitos civis não podem deixar as áreas de conflito, onde a comida e o combustível começam a escassear", acrescentou.

Milhares de iraquianos abandonaram suas casas em direção da capital Bagdá ou para outras províncias próximas, mas alguns chegaram até as regiões curdas do norte do país, segundo a ONU. A Acnur lamentou a situação dessa população, que sofre falta de dinheiro, comida, roupas e escolas para as crianças.

Bairros inteiros de Ramadi, capital da província de Al-Anbar, assim como a totalidade da cidade vizinha de Fallujah, 60 km a oeste de Bagdá, foram tomadas por combatentes antigovernistas há algumas semanas. Desde então, o exército vem realizando operações para tentar retomar o controle desses bairros das mãos dos insurgentes.

Volta da violência

Dois anos depois que as tropas dos EUA deixaram o Iraque, a violência voltou a atingir os níveis mais alarmantes desde as sangrentas disputas entre xiitas e sunitas em 2006 e 2007, quando dezenas de milhares de pessoas foram mortas.

A ONU afirma que nove mil pessoas morreram de forma violenta no Iraque no último ano, sendo 1.050 civis.
 

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