Governo decreta estado de emergência por 60 dias em Bangcoc

O governo tailandês decretou estado de emergência por 60 dias a partir desta quarta-feira (22) em Bangcoc e províncias vizinhas. Na capital, parte da região central está paralisada pelos opositores que tentam forçar a demissão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.

Protestos no final de semana contra governo na Tailândia foram reprimidos com granadas. REUTERS/Damir Sagolj

A decisão foi anunciada nesta terça-feira pelo vice-ministro do Interior, Visarn Techateerawat, após uma reunião do governo. O estado de emergência autoriza os serviços de segurança a impor um toque de recolher noturno, a deter suspeitos sem mandato, a censurar a imprensa e proibir reuniões políticas com mais de cinco pessoas.

Violência

O ministro do Trabalho, Chalerm Yoobamrung, esclareceu que as autoridades não tinham nenhuma intenção de dispersar encontros dos opositores, ao se referir a manifestações de sexta-feira e sábado quando um homem morreu e vários ficaram feridos, alguns em estado grave. Granadas foram lançadas contra os manifestantes durante os protestos.

"Nós precisamos (do estado de emergência) porque os manifestantes bloquearam prédios governamentais, bancos e promoveram uma escalada da violência, que provocou mortos e feridos”, defendeu Yoobamrung. “O governo entende que a adoção do estado de emergência é um meio para manter a situação sob controle”, afirmou o ministro.

O movimento de contestação, que surgiu em novembro, luta para destituir do poder a chefe de governo, irmã do ex-premiê Thaksin Shinawatra. Os manifestantes rejeitam a proposta de eleições antecipadas no dia 2 de fevereiro, anunciada pela primeira-ministra Yingluck Shinawatra para tentar tirar o país da crise. Os opositores querem a formação de um “conselho popular”, que seria encarregado de aprovar reformas antes das eleições.