Manifestantes invadem prédios públicos em novo dia de protestos na Tailândia

Milhares de manifestantes tailandeses invadiram prédios do governo na manhã desta terça-feira (14), no segundo dia de paralisação da capital Bancoc. Os protestos visam derrubar a primeira-ministra Yingluck Shinawatra do poder.

Manifestantes voltam às ruas na Tailândia nesta terça-feira REUTERS/Chaiwat Subprasom

Os manifestantes bloquearam hoje as principais ruas e cruzamentos de Bancoc e invadiram prédios públicos. Milhares se reuniram diante dos escritórios das alfândegas, que estão fechados por medida de segurança.

Cerca de 20 mil policiais e soldados foram mobilizados para prevenir confrontos mais violentos.

Os manifestantes planejam tomar as sedes dos ministérios do Trabalho e das Tecnologias de Informação. Um grupo mais radical ameaça invadir o prédio da Bolsa da Tailândia e a sede do controle aéreo, caso a premiê não renuncie rapidamente.

A crise na Tailândia já dura mais de 2 meses e a convocação de eleições antecipadas, previstas para o dia 2 de fevereiro, não acalmou a oposição, que insiste em substituir o atual governo por um "conselho do povo".

Ontem, os manifestantes, liderados pelo ícone da oposição ao governo Shinawatra, Suthep Thaugsuban, impediram muitos funcionários públicos de chegar ao trabalho, o que obrigou vários ministérios e o Banco Central a funcionar sob forte esquema de segurança.

Thaugsuban promete invadir as ruas da capital e os prédios públicos diariamente, até que a primeira-ministra decida renunciar.

Até o momento, a operação "paralisação" não registrou incidentes graves, como as violências vividas nos meses anteriores durantes os protestos que deixaram pelo menos 8 mortos.