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Tailândia/Política

Oposição leva mais de 100 mil às ruas para pedir demissão de premiê

Mais de 100 mil tailandeses foram às ruas de Bangcoc neste domingo pedir a demissão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra que se encontra na região nordeste do país, reduto de seu partido político. O protesto acontece um dia depois do Partido Democrata, de oposição, anunciar o boicote às eleições legislativas antecipadas. A decisão agrava o impasse político na Tailândia. 

Opositores de Yingluck Shinawatra voltaram às ruas de Bangcoc, neste domingo, 22 de dezembro.
Opositores de Yingluck Shinawatra voltaram às ruas de Bangcoc, neste domingo, 22 de dezembro. REUTERS/Chaiwat Subprasom
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“O povo quer reformas antes de qualquer eleição”, afirmou sob aplausos de seus partidários, Suthep Thaugsuban, líder das manifestações que há dois meses sacodem o país.

De acordo com a polícia, o número de manifestantes neste domingo atingiu 110 mil pessoas, abaixo das 150 mil que se mobilizaram nas semanas anteriores. O cálculo, no entanto, ficou difícil diante das várias manifestações que se espalharam pelas ruas da capital.

Milhares dos opositores, principalmente mulheres, se reuniram em frente à residência da primeira-ministra Yingluck Shinawatra. A som de apitos, que se transformaram em um dos símbolos do movimento, a multidão exigiu a saída da chefe de governo. “ Yingluck saia daí”, martelaram os manifestantes.

No início de dezembro, a premiê anunciou para fevereiro de 2014 a realização de eleições legislativas após várias semanas de crise e da demissão de um bloco de deputados. Os manifestantes, no entanto, insistem na demissão de Yingluck, considerada uma marionete de seu irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra que foi destituído por um golpe, em 2006.

A oposição quer a instalação de um “conselho do povo”, durante um período de 18 meses, antes da realização de novas eleições.O Partido Democrata anunciou neste sábado, após reunião na sede da sigla, em Bangcoc, um boicote às eleições.

A decisão, já esperada, ameaça aprofundar o impasse político. A primeira-ministra lamentou neste domingo a decisão do partido de oposição. “Se não respeitarmos o sistema democrático, o que vamos respeitar então?", questionou.

Até o momento, o exército, considerado essencial para o regime de monarquia constitucional do país, que até o momento registrou 18 golpes ou tentativas de golpes de Estado desde 1932, não tomou posição a favor de nenhum partido.

 

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