Líder dos protestos na Tailândia diz que continuará a lutar para derrubar o governo
Os manifestantes conseguiram entrar em massa na sede do governo tailandês nesta terça-feira, 3 de dezembro de 2013. A primeira-ministra contestada Yingluck Shinawatra pediu que as forças da ordem não intervissem e evitassem a violência dos últimos dias, que deixou cinco mortos em Bancoc. Apesar do gesto para acalmar as tensões, o líder do protesto, Suthep Thaugsuban, disse que a luta pela renúncia da primeira-ministra continua.
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Suthep Thaugsuban, o líder das manifestações na Tailândia, afirmou nesta terça-feira que não vai desistir de derrubar o governo. "Essa é uma vitória parcial. Mas ela não é final, porque o regime de Thaksin ainda está no poder. Vocês ainda não podem voltar para casa, temos que continuar nossa luta", disse Suthep a seus partidários reunidos em um complexo do governo que eles ocupam na periferia de Bancoc. Um novo mandado de prisão, por insurreição, foi emitido contra ele.
Reunindo até 180 mil pessoas na rua, a oposição contesta há várias semanas a autoridade da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusando-a de ser manipulada por seu irmão, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, exilado em Dubai para escapar a dois anos de prisão. Ele foi derrubado por um golpe de Estado em 2006 e condenado por abuso de poder.
A primeira-ministra se recusa a pedir demissão, mas indica a possibilidade de dissolver o Parlamento. Na manhã desta terça-feira, milhares de manifestantes tailandeses foram autorizados a entrar na sede do governo e no quartel geral da polícia de Bancoc, em uma estratégia do governo para diminuir a tensão.
A primeira-ministra Yingluck encontrou Suthep no domingo, mas o líder dos protestos recusa qualquer outra reunião com a dirigente. Por sua vez, Yingluck não aceita a ideia de "conselho do povo", não eleito, que substituiria o governo.
A primeira-ministra deixou a capital para ir ao balneário de Hua Hin, onde mora o rei Bhumibol, a fim de preparar as celebrações do 86° aniversário do monarca tailandês nesta quinta-feira. A data deve garantir uma pausa nessa crise política.
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