Israel rejeita acordo nuclear de grandes potências com o Irã
O governo israelense se pronunciou contra o acordo sobre o programa nuclear iraniano que está sendo discutido em Genebra, Suíça, entre o P5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU+ Alemanha). O secretário de Estado americano, John Kerry, foi convidado para participar do segundo dia de encontro hoje. A comunidade internacional quer garantias de Teerã de que seu programa nuclear não tem fins bélicos.
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“Israel não tem parte nesse acordo e fará de tudo para se defender ou proteger a segurança de seu povo”, declarou o premiê israelense, Benjamin Netanyahu. Furioso, Netanyahu acha que o Irã está fazendo "o negócio do século" com este acordo, em detrimento da segurança dos israelenses.
Kerry deixou Israel pela manhã e seguiu para a Suíça. Também participam do encontro os chanceleres da França, Laurent Fabius, do Reino Unido, William Hague, e da Alemanha, Guido Westerwelle, além de Catherine Ashton, representando a União Europeia, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarig.
“Queremos um acordo que seja uma primeira resposta sólida às inquietudes ligadas ao programa nuclear iraniano; tivemos avanços mas nada está decidido ainda”, declarou Fabius ao chegar em Genebra.
Segundo uma fonte do departamento de Estado americano, um acordo pode ser anunciado ainda hoje neste segundo e último dia da rodada de negociações iniciadas na quinta-feira, em Genebra, entre o Irã e as grandes potências.
Teerã tenta obter uma suspensão das sanções que sufocam a economia do país. O grupo quer garantias do Irã de reduzir sua capacidade de enriquecer urânio. A comunidade internacional suspeita que o programa nuclear civil o Irã seja uma fachada para a produção de armas atômicas.
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