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Israel/Palestina

Kerry alerta Israel de risco de isolamento e nova intifada palestina

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse hoje em Amã que as negociações entre israelenses e palestinos registraram "progressos significativos" em algumas áreas, sem revelar detalhes. Porém, diante do bloqueio provocado pela construção de novos assentamentos israelenses em áreas palestinas, Kerry alertou Israel do risco de "isolamento internacional e nova intifada palestina", em caso de fracasso da mediação americana.

O secretário de Estado americano, John Kerry, encontrou-se com o o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Belém.
O secretário de Estado americano, John Kerry, encontrou-se com o o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Belém. REUTERS/Jason Reed
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O chefe da diplomacia americana reuniu-se hoje com os líderes da Jordânia, Israel e Palestina. Kerry admitiu, no entanto, que as dificuldades para concluir um amplo acordo de paz podem levar a um acordo intermediário.

Kerry reuniu-se nesta quinta-feira com o rei da Jordânia, Abdallah 2°, em Aman, depois de conversar com os israelenses Shimon Peres e Benjamin Netanyahu, respectivamente presidente e primeiro-ministro de Israel, e com o presidente palestino Mahmoud Abbas, em Jerusalém e na Cisjordânia. Novos encontros estão previstos com Abbas e Netanyahu até a manhã de sexta-feira. "A coisa mais importante é a confiança depositada em você", disse o rei jordaniano ao chefe da diplomacia americana. 

As negociações de paz, que foram retomadas no final de julho, após quase três anos de paralisia, ocorrem em uma atmosfera de crise. Kerry já mediou quase vinte reuniões com israelenses e palestinos nesse período, mas as duas partes ainda discordam dos pontos que devem constar da agenda básica para o início oficial do diálogo de paz. Os dois pontos de maior tensão continuam sendo a colonização judaica em terras palestinas e a divisão de territórios.

Ontem, Kerry tentou minimizar o constrangimento causado pelo estímulo aos novos assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. "Como em qualquer negociação, haverá altos e baixos", comentou o secretário. Ele reafirmou que os Estados Unidos consideram os assentamentos israelenses "ilegítimos".

Israel defendeu o lançamento de novos projetos imobiliários dizendo que os Estados Unidos e a Autoridade Palestina haviam aceitado tacitamente o relançamento do processo de colonização em troca da libertação recente de prisioneiros palestinos. Washington e a Autoridade Palestina negaram.

Os palestinos suspenderam as negociações alegando ser impossível lidar com "uma colonização ofensiva sem precedentes", ao que Netanyahu respondeu que eles criavam "crises artificiais".

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