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Antártica/reserva

China e Rússia bloqueiam criação de reservas marinhas na Antártica

As negociações sobre a criação de santuários marinhos na Antártica terminaram em fracasso nesta sexta-feira. Reunidos em Hobart, na Tasmânia, os membros da Convenção da Fauna e da Flora marinhas da Antártica (CCAMLR, na sigla em inglês) não conseguiram chegar a um acordo sobre a proteção da zona cada vez mais ameaçada pela pesca e a navegação, devido a um bloqueio da Rússia e da China.

Pinguim em cima de bloco de gelo perto da estação francesa de Dumont d'Urville, ao leste da Antártica, em foto de 2010.
Pinguim em cima de bloco de gelo perto da estação francesa de Dumont d'Urville, ao leste da Antártica, em foto de 2010. REUTERS/Pauline Askin
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Esse é o terceiro fracasso da convenção sobre a proteção da Antártica desde 2012. Criado em 1982, o organismo reúne 24 Estados e mais a União Europeia. Dois projetos de criação de reservas marinhas para garantir a preservação do frágil ecossistema da Antártica foram apresentados. Uma área equivalente à da Índia, que se transformaria na maior reserva marinha do mundo, protegeria cerca de 16 mil espécies.

Estados Unidos e a Nova Zelândia propuseram transformar em santuário uma zona de 1,25 milhão de km². Já a França, a Austrália e a Alemanha recomendavam a criação de sete zonas de proteção, somando 1,6 milhão de km².

"A comunidade internacional se reuniu em Hobart para proteger zonas essências do oceano Antártico - um dos últimos ecossistemas não violados do planeta -- mas a Rússia decidiu ser um obstáculo", lamentou Joshua Reichert, vice-presidente da organização americana de defesa do meio ambiente, Pew Charitable Trusts.

"Hoje é um dia negro para a Antártica e para os oceanos do mundo inteiro", afirmou Andrea Kavanagh, responsável de projetos marinhos também da Pew Charitable Trusts. "Os fundamentos científicos justificando a criação dessas reservas são incontestáveis. O egoísmo teimoso de alguns não deveria substituir a vontade da maioria dos países do mundo", acrescentou.

 

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