Forças do Afeganistão assumem controle total da segurança do país
Nesta terça-feira, algumas horas depois de um novo atentado que fez três vítimas fatais, as forças afegãs tomaram oficialmente o controle da segurança da nação, que estava nas mãos da ISAF - Força Internacional de Assistência para Segurança da OTAN. Esta foi a etapa mais importante da retirada ocidental prevista para os próximos anos.
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O processo da transferência progressiva terminou na manhã desta terça-feira com a passagem da responsabilidade dos últimos distritos do país que estavam sob domínio da força internacional da OTAN. Orgulhoso, o presidente afegão Hamid Karzai declarou que "as nossas tropas corajosas terão a responsabilidade da segurança do país e dirigirão as operações a partir de agora". Na cerimônia de transferência, Karzai estava ao lado do secretário da OTAN, o general Anders Fogh Rasmussen.
Noventa e cinco distritos de províncias foram transferidos, entre os quais estão regiões perigosas como Kandahar, no sul, base histórica dos talebãs, e Khost e Paktike, ao longo da fronteira do Paquistão, no sudeste, povoados por rebeldes.
O papel da ISAF será apoiar as forças afegãs, especialmente em caso de ataques aéreos graves, e formar cerca de 350 mil soldados, policiais e paramilitares afegãos. A maioria dos 100.000 membros da força internacional devem deixar o país até o fim de 2014. Os Estados Unidos, que estão presentes com 2/3 de soldados, pretendem deixar um contingente no local, sem informar ainda o número de homens.
Dúvidas
Diversos observadores internacionais duvidam da capacidade das forças afegãs de garantirem sozinhas a segurança do país, principalmente para enfrentar os talebãs, rechaçados pelos ocidentais no final de 2001 e que vêm reconquistando poder nos últimos anos.
Uma série de recentes ataques, visando o governo na capital Cabul, provam que os rebeldes têm capacidade de atacar os locais mais vigiados, mesmo sem ter estrutura ainda para conquistar militarmente a capital.
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