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Israel/Faixa de Gaza

Israel e Hamas respeitam acordo de cessar-fogo

A trégua está sendo respeitada na manhã desta quinta-feira entre israelenses e palestinos da Faixa de Gaza. As duas partes em conflito chegaram a um acordo para pôr fim às hostilidades, após oito dias de enfrentamentos. O presidente do Egito, Mohamed Mursi, foi elogiado pelo governo isralense pela mediação do conflito. O Hamas ganhou pontos políticos ao conseguir arrancar de Israel a promessa de abertura das fronteiras com o país, fechadas há 5 anos, caso o cessar-fogo seja mantido.

Desde que entrou em vigor a trégua, não houve qualquer atividade por parte das Forças de Defesa de Israel em Gaza.
Desde que entrou em vigor a trégua, não houve qualquer atividade por parte das Forças de Defesa de Israel em Gaza. REUTERS/Yannis Behrakis
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel Aviv

O cessar-fogo entrou em vigor à meia-noite, no horário local, segundo o texto do acordo anunciado ontem no Cairo pelo chefe da diplomacia egípcia, Mohammed Kamel Amr, ao lado da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, advertiu que Israel retomará os ataques se os grupos palestinos que lançaram mais de 1.500 foguetes contra o país, nos últimos dias, não respeitarem o cessar-fogo. Essa nova espiral de violência entre israelenses e palestinos começou na quarta-feira da semana passada, quando a força aérea de Israel matou o líder do braço armado do grupo islâmico Hamas, Ahmad Jabari. O Hamas assumiu o poder na Faixa de Gaza depois de vencer as eleições legislativas de janeiro de 2006.

O cessar-fogo não acalmou as tensões políticas em Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta críticas de aliados por ter supostamente se curvado à pressão internacional sem terminar o que começou: destruir a infraestrutura paramilitar do Hamas e dos outros grupos radicais, que bombardeiam o sul de Israel há uma década. Talvez, para dissipar essa sensação, é que o Exército tenha decidido atuar de madrugada na Cisjordânia, detendo 55 suspeitos de terrorismo.

Hamas e presidente egípcio saem vitoriosos

Na Faixa de Gaza, o clima é de vitória, apesar da destruição causada por 1.500 ataques aéreos contra o território e a morte de 160 pessoas, 110 militantes e 50 civis. Do lado israelense foram seis mortos, entre eles dois soldados.

Líderes do Hamas se gabam de ter conseguido lançar mísseis de longo alcance contra Tel Aviv e Jerusalém e paralisado boa parte do país. Além disso, o Hamas ganhou pontos políticos ao conseguir arrancar de Israel a promessa de abertura das fronteiras com o país, fechadas há 5 anos, caso o cessar-fogo seja mantido. Outro vitorioso é o presidente egípcio, Mohamed Mursi, que conseguiu mediar a trégua, recebendo elogios até mesmo do ultraconservador chanceler israelense, Avigdor Lieberman.

Irã rejeita acusações da França

O Irã reagiu indignado aos comentários do chanceler francês, Laurent Fabius, que acusou o país de ter uma forte responsabilidade no conflito da Faixa de Gaza por ter fornecido armas de longo alcance ao Hamas. O Irã nega ter armado o movimento islâmico palestino, mas não rejeita ter ajudado militarmente o Hamas.

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