Acordo para o fim da greve de fome de prisioneiros evita mais violência em Israel
Uma nova explosão de violência no Oriente Médio foi evitada, ontem, com a aprovação de um acordo que acabou com a greve de fome de 1.600 dos cerca de 4.800 presos palestinos em Israel. A maioria dos grevistas não ingeria alimentos desde o dia 17 de abril para protestar contra a prática israelense de prisões preventivas, ou administrativas, e exigir melhorias das condições nas cadeias do país. Alguns dos presos não comiam há mais de 70 dias, levando médicos a temer por suas vidas.
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Daniela Kresch, correpondente em Tel Aviv da Rádio França Internacional
Líderes palestinos alertaram para uma possível explosão de violência contra Israel caso algum dos detentos morresse em decorrência da greve, o que levou as autoridades israelenses a aceitarem fazer alguns gestos de boa-vontade.
O acordo, mediado pelo Egito, prevê, entre outras medidas, uma diminuição do número de prisões preventivas e de confinamentos em celas solitárias e a liberação de visitas de parentes de detentos da Faixa de Gaza.
A liderança palestina comemora a vitória sobre as o serviço penitenciário israelense, principalmente um dia antes da lembrança do Dia da Nakba, ou Dia da Catástrofe, como os palestinos chamam a data em que o Estado de Israel criado: 15 de maio de 1948. A data é lembrada há 64 anos nos territórios palestinos, mas pela primeira vez, foi celebrada dentro de Israel, mais especificamente na Universidade de Tel Aviv.
A instituição aprovou a realização de uma solenidade, desde que os organizadores, alunos árabes-israelenses, financiassem a contratação de seis seguranças para evitar tumultos. Mas centenas de ativistas de extrema-direita foram ao local protestar contra a realização da cerimônia.
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